Chegámos a 2021 com orgulho no setor de telecomunicações que temos. Um caminho de mais de 25 anos de investimento, de inovação e de competitividade que nos põe nos lugares cimeiros da Europa e num papel de claro destaque no país.
Somos na Europa o setor que mais investe, o segundo que entrega mais valor às famílias e às empresas na competitividade das ofertas fixas e móveis, o segundo que mais cobertura entrega em redes de nova geração fixas e móveis.
Somos, em Portugal, um motor de inovação e progresso económico e social. Um exemplo de competitividade com variações de quota de 12 pontos percentuais em oito anos, e um crescimento de 25% nos serviços subscritos nos últimos dez anos, com quebra de preços médios por serviço de 42%. Somos também um exemplo de investimento em I&D com duas empresas no top 3 português em três anos consecutivos, e um contribuidor inquestionável para o desenvolvimento de um setor tecnológico nacional forte.
Na situação dura de pandemia e de lockdown que vivemos em 2020, Portugal foi para casa mas continuou ligado, fruto dos investimentos feitos ao longo do tempo, do reforço desses investimentos em 2020 e da enorme capacidade de resposta demonstrada face às necessidades das famílias, das empresas e das instituições por este mesmo setor.
Este setor faz parte do nosso imaginário com ícones publicitários bem presentes na nossa memória, como o "Mimo", o "Tou Xim" ou os "Pioneiros". Faz-nos vibrar com o futebol e a música. Apoia a cultura nacional e o cinema em português. É presença ativa no mundo empresarial, na solidariedade social e um exemplo de responsabilidade ambiental.
Chegaremos a 2022 com um de dois setores. Este, que construímos em conjunto com sucesso nos últimos 25 anos, preparado para entregar o 5G a praticamente toda a população, a inovar com as empresas, as instituições e as cidades, a torná-las competitivas económica e ambientalmente, preparado para nos ligar nos piores momentos e para nos ajudar a celebrar e a tirar partido dos melhores, com mais qualidade de vida. Ou outro bem diferente, que não será melhor e terá vida curta. Terá menos inovação, aquela que importa para o nosso futuro, que constrói cidades fortes, que faz crescer as empresas e nos entrega serviços públicos mais inclusivos, eficientes e abrangentes. Terá mais movimento, mas menos ação. Terá mais especulação e menos perspetiva de futuro. Terá, seguramente, mais atores mas por pouco tempo.
Gosto de pensar que vivemos numa democracia. Gosto de pensar que ela funciona e que é tudo o que temos contra as autocracias mesquinhas com que às vezes nos defrontamos. Gosto de pensar que a conquistámos - como o direito à nossa voz - com o sacrifício de muitos.
Quero, por isso, acreditar que teremos um setor forte, um 5G forte, um país forte, porque a democracia e as suas instituições funcionam. Porque há leis, porque há uma Constituição e porque há órgãos de soberania que garantem o seu cumprimento.
2021 será seguramente um ano bom porque não nos demitiremos de o construir todos os dias. E chegaremos a 2022 com um setor forte porque temos um país forte de gente, com coragem, que não se verga a agendas e interesses individuais que põem o nosso futuro em causa.
Bom ano!
Administrador da NOS