As Obrigações do Tesouro foram os instrumentos mais rentáveis entre 2001 e 2011. A conclusão faz parte do Relatório Anual sobre a Atividade da CMVM e . sobre os Mercados de Valores Mobiliários publicado hoje relativo a 2011. . "De entre os instrumentos financeiros, as obrigações do Tesouro (com maturidade residual a 10 anos) ter-se-iam revelado como o investimento mais compensador para um investidor que tivesse adquirido esse tipo de instrumento financeiro em finais de 2001", revela o documento. . Na análise constam o investimento no PSI Geral, no PSI 20 Total Return, PSI 20, as Obrigações do Tesouro e os Certificados de Aforro. . Por cada euro investido em obrigações do Tesouro no final de 2001 um investidor teria obtido uma rentabilidade acumulada de 54 cêntimos durante os 10 anos subsequentes. . Já se o investimento tivesse sido feito em ações do mercado nacional, a rentabilidade obtida em idêntico período, respetivamente para o PSI Geral e para o PSI20 TR (índices que incorporam o efeito dos dividendos distribuídos), seria de apenas 4 cêntimos no primeiro caso e, no segundo índice, um valor simétrico, isto é, um euro investido em 2001 valeria apenas 96 cêntimos no final de 2011. . Na mesma linha de análise, um investimento em certificados de aforro teria proporcionado um retorno de 25 cêntimos por cada euro investido, enquanto o poder de compra de um euro no final de 2011 seria de 74 cêntimos considerando a taxa de inflação dos últimos 10 anos. Assim, o poder de compra de um euro investido no final de 2001 em certificados de aforro seria de apenas 99 cêntimos no final de 2011. . "Em suma, não considerando os efeitos da fiscalidade, nos últimos 10 anos apenas o investimento em obrigações do Tesouro teria proporcionado uma rentabilidade acumulada superior à erosão monetária causada pelo aumento do nível geral de preços", conclui.