A dona da Cabovisão e da ONI "veio para ficar" e está disponível para avançar com aquisições ou parcerias, tendo previsto um investimento de 150 milhões de euros para reforçar a sua presença no mercado. . "Viemos para ficar e estamos aqui para nos afirmar", sublinhou o responsável do grupo Altice em Portugal e também diretor-geral da Cabovisão, operadora detida a 100% por aquele grupo, João Zúquete da Silva. . Num encontro com jornalistas, João Zúquete da Silva frisou que o grupo Altice, que acaba de comprar a Oni, "está atento a todas as movimentações", "tem vontade de investir e de desenvolver um negócio". O caminho poderá ser atalhado por via da aquisição ou do crescimento orgânico, como a expansão da rede. "Depende muito de quem estiver disposto a encetar negociações. Está tudo em cima da mesa. Não preciso de comprar alguém, posso também ter crescimento orgânico e posso combinar os dois", sublinhou o responsável. . Os 500 milhões de euros iniciais que o grupo Altice tinha para investir no mercado português incluem 'capex' (investimento) para algum desenvolvimento de rede, mas sobretudo para a manutenção das operações, assim como o valor da compra da Cabovisão e da Oni. . Nos próximos três anos, a Altice, detentora do maior operador francês de cabo, a Numericable, tem agora previstos 150 milhões de euros para o reforço da presença da Cabovisão no território português, verba que poderá, no entanto, ser aumentada. Questionado sobre o valor máximo que a Altice poderá investir no mercado português, João Zúquete da Silva respondeu com um exemplo. "Os negócios consolidados da Altice representam cerca de 6 milhões de clientes e pouco mais de 4 mil milhões de euros de faturação consolidada e em termos de clientes representa duas vezes o negócio português da Zon e da PT. Portanto somos capazes de consolidar e estar presentes", frisou.