O subsídio de férias continuará a ser pago por inteiro e o de Natal por duodécimos, se o PS for chamado a formar Governo. Desta forma, os duodécimos serão ajustados a cada trimestre ao corte salarial que estiver em vigor, o que significa que as três últimas tranches (outubro, novembro e dezembro) serão pagas já sem qualquer redução.
Antes do arranque oficial da campanha eleitoral, António Costa referiu que pretendia repor o pagamento do subsídio de Natal do sector público com o salário de novembro - ainda que não tenha sinalizado o ano a partir do qual este modelo seria adotado. Mas a proposta de governo dos socialistas mantém, pelo menos para 2016, o regime dos duodécimos.
O de férias será pago na data habitual (junho) pelo que quando os funcionários públicos o receberem, o valor líquido que cairá na sua conta bancária repercutirá ainda um corte salarial equivalente a 40% do que vigora desde 2011.
Já no subsídio de Natal cada um dos doze avos pago mensalmente terá de ser ajustado todos os trimestres ao novo patamar do corte. Se a opção fosse repor o mês de pagamento habitual deste subsídio (novembro), o seu valor seria, assim, mais elevado. O mesmo modelo deverá ser seguido para os pensionistas, mas o Dinheiro Vivo não conseguiu confirmar essa versão.
O ritmo de pagamento dos subsídios foi interrompido em 2012, quando o governo decidiu suspende-los total ou parcialmente aos funcionários públicos e pensionistas com reformas e salários acima de 1100 ou de 600 euros. No ano seguinte, a opção foi diferente e visou mais os funcionários públicos, que perderiam de novo um dos subsídios, sendo o outro pago por duodécimos. A medida viria a ser travada pelo Tribunal Constitucional.
Apesar de o pagamento dos subsídios ter sido reposto, a opção do governo foi de manter um deles (o de Natal) em prestações mensais, até porque esta solução permitiu suavizar o impacto da subida do IRS que entrou em campo em 2013 - com a redução dos escalões e ajustamento das respetivas taxas e com a criação da sobretaxa de 3,5%.
No sector privado, tem-se permitido o pagamento de 50% de cada um dos subsídios por duodécimos e da restante metade nos meses habituais. Não é ainda seguro que em 2016 a medida seja prolongada.