"É fundamental não reverter a politica monetária em curso"

Para Manuel Rodrigues, professor da King's College, pelo menos até à estabilização das cadeias logísticas, o mundo tem de aprender a conviver com o aumento da inflação.
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É crucial que os bancos centrais continuem a apoiar a economia, apesar de se registar um aumento da inflação a nível global, para que não se coloque em causa a recuperação económica.

O alerta é de Manuel Rodrigues, professor da King's College e da AESE, que avisou que o mundo enfrenta hoje muitos desafios, incluindo o forte aumento dos preços dos bens e os constrangimentos nas cadeias de distribuição.

"É fundamental não reverter a politica monetária em curso", disse o académico na 5ª edição da Money Conference 'Banca 2022 - Testar, Personalizar e Crescer', organizada pelo DV/DN/TSF em parceria com a EY, Sage e Iberinform.

"A​​​​​té à estabilização das cadeias logísticas, o mundo tem de conviver com o aumento da inflação", afirmou Manuel Rodrigues.

Lembrou que a projeção de inflação de outubro para a zona euro é de 4% e que apenas Portugal e Chipre deverão registar uma inflação abaixo dos 2%.

Além do aumento dos preços dos bens, destacou que o mundo "enfrenta hoje muitos desafios", incluindo um nível de endividamento recorde, de 370% do Produto Interno Bruto mundial.

Sobre o setor financeiro europeu, defendeu que "é preciso continuar a avançar com a União Bancária" bem como com o Fundo de Garantia de Depósitos europeu.

Salientou que as empresas portuguesas "continuam ainda a pagar marginalmente mais do que as congéneres europeias" para se financiarem.

Ainda assim, frisou que o custo de financiamento das empresas e das famílias portuguesas está "nos níveis mais baixos de sempre".

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