A Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL) manifestou preocupação com o aumento das rendas e apelou ao Governo e à Assembleia da República para que melhorem as deduções fiscais para arrendatários. A associação considera que “as recentes medidas de natureza fiscal anunciadas pelo Governo são claramente insuficientes face aos valores das rendas praticadas e pedidas pelos senhorios”. Critica a proposta de renda moderada, que define um limite de 2.300 euros, destacando que isso pode impulsionar o aumento das rendas. Embora os senhorios possam beneficiar de deduções no IRS e de uma redução do IVA para 6% em obras, os inquilinos apenas viram o limite de dedução das rendas aumentado de 600 para 900 euros, o que considera insuficiente.No contexto da discussão do Orçamento do Estado para 2026, a associação propõe quatro medidas para melhorar as deduções fiscais dos inquilinos. A primeira é permitir a dedução de todas as rendas habitacionais, independentemente do ano do contrato ou do valor da renda. Em segundo lugar, sugere o aumento da dedução atual de 15% para um mínimo de 20%, de acordo com o aumento das rendas. A terceira proposta é elevar o limite da dedução para duas vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) que será definido para 2026. Por último, a associação propõe que os arrendatários possam deduzir os gastos com obras autorizadas nos imóveis, tal como os senhorios fazem atualmente.A associação acredita que estas medidas não terão um impacto significativo nas contas do Orçamento de Estado para 2026 e que a maior formalização de contratos de arrendamento poderá até aumentar a receita fiscal, ajudando a acomodar as propostas.