BCE prepara novo teste de resistência dos bancos a ciberataques em 2026

Novo exercício contará com o envolvimento de outras instituições, como a Autoridade Bancária Europeia (ABE) e o Conselho Único de Resolução (CUR).
Christine Lagarde, presidente do BCE, aqui na abertura do Fórum BCE, em Sintra.
Christine Lagarde, presidente do BCE, aqui na abertura do Fórum BCE, em Sintra.BCE
Publicado a

O Banco Central Europeu (BCE) vai realizar um novo teste de resistência aos bancos em 2026 para verificar se as entidades financeiras estão preparadas para responder a ataques informáticos.

Patrick Montagner, membro do Conselho de Supervisão do BCE, disse hoje em Frankfurt que o novo exercício contará com o envolvimento de outras instituições, como a Autoridade Bancária Europeia (ABE) e o Conselho Único de Resolução (CUR).

Numa conferência organizada pela agência de rating Fitch e pela consultora PwC Strategy&, Montagner disse que, em 2023 e 2024, o BCE já realizou simulações para testar a sua própria resiliência a ciberataques, bem como a dos bancos centrais nacionais da zona euro, a de outras autoridades nacionais e a dos bancos comerciais.

Entre janeiro e julho do ano passado, o exercício abrangeu 109 instituições de crédito, das quais 28 foram sujeitas a “testes mais exaustivos”, revelou na altura o banco central liderado por Christine Lagarde. 

O objetivo passou por avaliar a forma como as instituições respondiam a um incidente de cibersegurança grave, mas considerado plausível de acontecer, e perceber como recuperariam das falhas.

Agora, o BCE planeia repetir o teste para “melhorar a resiliência operacional coletiva e as capacidades de coordenação”, acrescentou Montagner, falando sobre o que está previsto para 2026.

O BCE trabalha nesta área em conjunto com o grupo de peritos em cibersegurança dos países do G7, núcleo que em 2024 simulou um ciberataque em grande escala sobre as infraestruturas do mercado financeiro e das entidades financeiras dos países do grupo (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos da América, Canadá e Japão). 

Na altura, o exercício envolveu 23 autoridades financeiras, incluindo ministérios das finanças, bancos centrais, supervisores bancários e autoridades de mercado, bem como intervenientes do setor privado.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt