A rápida evolução da computação quântica poderá colocar em risco a segurança da informação global mais cedo do que se imagina. O alerta vem de um novo estudo da Microsoft, que identifica cinco tendências críticas para o futuro da cibersegurança — com a ameaça quântica em destaque.Segundo comunicado à imprensa, quando computadores quânticos atingirem a marca de 1 milhão de qubits, a capacidade de processamento será suficiente para quebrar os sistemas de criptografia atualmente utilizados para proteger dados confidenciais, transações financeiras e comunicações estratégicas.Mais alarmante, sublinha a empresa, é o chamado “risco retroativo”: informações intercetadas e armazenadas hoje por atores maliciosos poderão ser decifradas no futuro, tal como o DN/DV escreveu na semana passada, comprometendo anos de dados sensíveis..A guerra da computação quântica está ao rubro.A Microsoft recomenda uma transição urgente para criptografia pós-quântica, capaz de resistir a esta nova geração de ameaças. A mudança, porém, exige tempo, investimento e cooperação internacional, dada a complexidade das cadeias de fornecimento e da infraestrutura tecnológica global.O estudo integra esta ameaça num panorama mais vasto, que inclui o avanço de agentes de Inteligência Artificial — digitais e ciberfísicos — e a crescente integração de segurança a nível de hardware. Embora apresente soluções próprias, a Microsoft sublinha que a preparação face à computação quântica é um imperativo coletivo, e não apenas uma questão tecnológica.“Estamos perante uma corrida contra o tempo”, alerta o documento. Para a gigante tecnológica, o futuro da segurança digital depende de decisões estratégicas tomadas hoje, antes que a revolução quântica se torne irreversível.