O Governo português estabeleceu uma meta ambiciosa de disponibilizar dez mil casas no mercado de arrendamento acessível até 2035 através da concessão de imóveis públicos a entidades privadas, conforme avança esta terça-feira, 28, o jornal Público. Esta iniciativa faz parte de um novo programa de parcerias público-privadas (PPP) que visa colocar o "património do Estado ao serviço da habitação".De acordo com a resolução do Conselho de Ministros, o executivo planeia levar 16 imóveis a hasta pública, a maioria deles localizados em Lisboa, mas também na região Norte. Estes imóveis poderão ser vendidos a privados e utilizados para fins não habitacionais, incluindo atividades turísticas. Além disso, o Governo irá concessionar 14 imóveis públicos, estabelecendo parcerias com entidades privadas e outras entidades públicas, como municípios.Entretanto, é importante notar que o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, recentemente declarou a intenção de "acabar com o conceito de arrendamento acessível", propondo a substituição por um novo modelo denominado "renda moderada". Esta nova abordagem, que ainda precisa de aprovação na Assembleia da República, prevê benefícios fiscais para os proprietários que estabeleçam rendas máximas de 2.300 euros, independentemente da tipologia das casas ou da localização municipal..Imóveis que passem para arrendamento acessível ficam livres de impostos