Dívida externa líquida cai para 39,2% do PIB em setembro, rácio mais baixo em 4 anos
D.R.

Dívida externa líquida cai para 39,2% do PIB em setembro, rácio mais baixo em 4 anos

O valor de 118.200 milhões de euros compara com a dívida de 127.300 milhões registada no final de 2024, equivalente a 44% do PIB.
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A dívida externa líquida portuguesa recuou para 39,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de setembro, o rácio mais baixo desde setembro de 2021, somando 118.200 milhões de euros, anunciou esta quarta-feira, 19, o Banco de Portugal (BdP).

Este valor compara com a dívida de 127.300 milhões de euros registada no final de 2024, equivalente a 44% do PIB.

Numa nota hoje divulgada, o Banco de Portugal (BdP) regista ainda que a Posição de Investimento Internacional (PII) de Portugal passou de -58,3% do PIB (-168.700 milhões de euros) no final de 2024 para -52,7% do PIB (159.000 milhões de euros) no final de setembro, o rácio menos negativo desde março de 2002.

De acordo com o BdP, para esta evolução positiva contribuíram o saldo positivo da balança financeira, de 6.900 milhões de euros, e as variações de preços positivas de 6.000 milhões de euros, que refletiram a valorização dos ativos financeiros (de 15.100 milhões de euros, com destaque para o ouro detido pelo banco central) e a valorização dos passivos (de 9.100 milhões de euros, principalmente das participações no capital).

De registar ainda o contributo positivo de outros ajustamentos, no valor de 2.500 milhões de euros.

Em sentido contrário, o banco central aponta as variações cambiais negativas de 5.700 milhões de euros, sobretudo devido à depreciação do dólar dos EUA.

Segundo o BdP, a melhoria de 5,6 pontos percentuais do rácio da PII em percentagem do PIB no período resultou, em 2,4 pontos percentuais, do crescimento do PIB e, em 3,2 pontos percentuais, da variação nominal positiva da PII.

A dívida externa líquida corresponde aos passivos líquidos perante o exterior (simétrico da PII, que traduz a diferença entre os ativos financeiros sobre o exterior detidos por residentes e os passivos emitidos por residentes e detidos pelo resto do mundo), excluindo os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros.

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