A economia paralela em Itália superou em 2023 os 217 mil milhões de euros, um aumento de 15,1 mil milhões face ao ano anterior, foi hoje anunciado.De acordo com o instituto de estatísticas italiano (Istat), a chamada economia subterrânea representa 10,2% do produto interno bruto (PIB).Em 2023, a economia paralela valia em 2023 cerca de 198 mil milhões de euros, um aumento de 14,9 mil milhões face a 2022, enquanto a outra componente, as atividades ilegais, representaram perto de 20 mil milhões, levando a que, no seu conjunto, a economia não observada em Itália tenha crescido 7,5% entre 2022 e 2023, passando a incidência sobre o PIB de 10,1% para 10,2%.Os dados divulgados pelo Istat, sempre referentes ao ano de 2023, mostraram que havia 3,1 milhões de unidades de trabalho irregular, um aumento de 145 mil unidades em relação a 2022, tendo o trabalho irregular aumentado assim 11,3% num ano.Já o crescimento da componente de trabalhadores por conta de outrem em situação irregular foi de 4,9% (mais 105 mil), enquanto o crescimento da componente de trabalhadores independentes irregulares foi de 4,8% (mais 39,5 mil).De acordo com o instituto de estatísticas italiano, a dinâmica mais sustentada do valor acrescentado do trabalho irregular em relação às outras componentes determinou uma ligeira recomposição do peso relativo no conjunto da economia não observada.O Istat apontou que “a incidência do valor acrescentado do trabalho irregular atingiu 35,5%, alcançando o valor observado em 2021 (35,6%) e recuperando 1,2 pontos percentuais em relação a 2022 (34,3%)”.“Por outro lado, o peso do valor acrescentado pela subdeclaração diminuiu em 2023 para 49,7% face aos 50,1% de 2022 (era 49,3% em 2021). As outras componentes da economia subterrânea contribuíram com 5,6% para o total da economia não observada (5,8% em 2022 e 5,2% em 2021)”, acrescentou o instituto.