Excedente externo da economia portuguesa desce para mais de cinco mil milhões até agosto
D.R.

Excedente externo da economia portuguesa desce para mais de cinco mil milhões até agosto

Trata-se de uma quebra de 21,7% face ao mesmo período do ano passado, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
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A economia portuguesa apresentou um excedente externo de 5.658 milhões de euros até agosto, uma quebra de 21,7% face ao mesmo período do ano passado, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

De acordo com os dados hoje publicados pelo banco central, apesar da diminuição homóloga, em cerca de 1.560 milhões de euros, este correspondeu, “em termos nominais, ao segundo excedente mais elevado de toda a série”.

Face ao acumulado até julho, este excedente cresceu 1.593 milhões de euros (39,2%).

Para esta variação desde o início do ano contribuiu o aumento em cerca de 3.000 milhões de euros do défice da balança de bens, agravado tanto pelo crescimento das importações (mais 2.400 milhões de euros), como pela diminuição das exportações (-600 milhões de euros).

Ao mesmo tempo, o excedente da balança de rendimento secundário, sobretudo pelo aumento da contribuição de Portugal junto da União Europeia (UE), diminuiu 369 milhões de euros.

Até agosto, o excedente da balança de serviços cresceu cerca de 1.200 milhões de euros, “justificado maioritariamente pela evolução do saldo das viagens e turismo (+879 milhões de euros)”.

A balança financeira teve, assim, até agosto deste ano, um saldo de 6.100 milhões de euros, resultante da capacidade de financiamento da economia portuguesa.

Segundo o regulador, as instituições financeiras não monetárias, exceto sociedades de seguros e fundos de pensões, foram o setor que mais contribuiu para este saldo, em grande parte devido à redução de passivos em capital e em títulos de dívida por não residentes.

Também as administrações públicas apresentaram “um aumento significativo de ativos líquidos, por meio do acréscimo de ativos em depósitos”.

Em sentido inverso, o setor ‘banco central’ foi o que teve maior redução de ativos líquidos sobre o exterior, face ao aumento de passivos em depósitos.

Em agosto, o excedente de quase 1.600 milhões de euros compara com um excedente próximo de 1.800 milhões de euros no mesmo mês do ano anterior.

Para esta redução, o BdP aponta para o aumento de 213 milhões de euros do défice da balança de bens (redução de 332 milhões de euros nas exportações e de 119 milhões de euros nas importações), a descida de 157 milhões de euros do excedente da balança de capital e a diminuição de 130 milhões de euros do défice da balança de rendimento primário.

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