Google multada na Europa em quase 3 mil milhões de euros por violar mercado de publicidade 'online'

Google multada na Europa em quase 3 mil milhões de euros por violar mercado de publicidade 'online'

Gigante norte-americana já anunciou que vai recorrer da sanção imposta pela Comissão Europeia.
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A Comissão Europeia multou a multinacional tecnológica Google em 2950 milhões de euros por abuso de posição dominante em publicidade digital por favorecer os próprios serviços em detrimento de outros prestadores, foi anunciado esta sexta-feira, 6 de setembro.

Em comunicado, o executivo comunitário anunciou a segunda multa mais alta por abuso de posição dominantes, depois de outra multa, também à Google e de 4000 milhões de euros por violação das regras comunitárias de competição no sistema operativo para telemóveis Android.

Bruxelas exigiu à Google que acabe com a prática que favorece os próprios serviços de tecnologias publicitárias e erradique os conflitos de interesses que encontrou em toda a cadeia de abastecimento.

De acordo com órgãos de comunicação social especializados, a divulgação desta multa deveria ter ocorrido no início da semana, mas foi bloqueada pela Comissão Europeia por causa de negociações com Washington por causa da guerra aduaneira.

A investigação foi aberta em 2021 esta decisão dá conta de que a gigante tecnológica, detentora do ‘browser’ mais utilizado em todo mundo e de vários serviços digitais, como Gmail, o sistema operativo Android, entre outros, violou as regras do bloco europeu.

A multinacional com sede na Califórnia anunciou de seguida que vai recorrer desta sanção.

Em comunicado, a diretora-geral dos Assuntos Regulatórios da empresa, Lee-Anne Mulholland, classificou a decisão da Comissão Europeia como "incorreta".

"Vamos recorrer, impõem-nos uma muta injustificada e vai prejudicar milhares de empresas europeias, dificultando a capacidade de ganharem dinheiro", afirmou a responsável da tecnológica.

Esta decisão da UE surge na mesma semana em que um tribunal federal dos EUA declarou que a Google tem abusado da posição dominante que tem no mercado das pesquisas online.

Segundo esta decisão judicial, para minimizar este facto a empresa terá de partilhar os seus resultados de pesquisa com os seus rivais de mercado, como o Bing, da Microsoft.

A justiça norte-americana não obrigou a Google a vender o seu browser Chrome, opção que esteve em cima da mesa dada a sua predominância na internet.

A Google também anunciou que iria recorrer desta decisão.

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