O Orçamento para 2026, no que diz respeito ao Ministério da Educação, atinge uma dotação de 7543,1 milhões de euros, o que se traduz, de acordo com o documento conhecido esta quinta-feira (9 de outubro), num aumento de receita de 4,4% (317,3 milhões de euros) e 4,5% (324,5 milhões de euros) na despesa, face à execução estimada até ao final de 2025.O ministério liderado por Fernando Alexandre refere que tem como objetivo "possibilitar o acesso a uma educação de qualidade em todo o território nacional". Nos vários pontos que estão em destaque no documento evidencia-se a reforma do sistema de ação social já prevista no programa do Ensino Superior para o ano letivo de 2025/26 - com o objetivo de "garantir o acesso dos estudantes ao ensino superior, independentemente da sua origem socioeconómica - , a reorganização dos serviços, a qualificação dos portugueses e o reforço do investimento em ciência e inovação.Pretende, ainda, "garantir uma boa articulação entre as autarquias, as escolas e os serviços centrais do ministério".É, também, defendida uma "redistribuição de responsabilidades que confere maior autonomia aos municípios e agrupamentos escolares".Como pretensão para o próximo ano, o Ministério da Educação garante pretender "aprofundar a inclusão na educação, com integração educativa, linguística, desportiva e cultural dos alunos, bem como modernizar as ofertas educativas de dupla certificação, melhorando a qualidade do ensino profissional e valorizando o seu papel no desenvolvimento social e económico das regiões".O reforço de vagas para a educação pré-escolar é outro dos objetivos.Quanto à questão orçamental, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira, as despesas com pessoal representam 82,3% (uma dotação de 6209,1 milhões de euros), com um acréscimo de 207,4 milhões de euros para 2026, em relação ao ano atual, que, garante o ministério, serão destinados "ao financiamento da valorização das carreiras, da recuperação do tempo de serviço dos professores e da contratação de pessoal docente".