Pagamentos em atraso no SNS atingem 616 milhões de euros, o valor mais alto em cinco anos

Subida ocorre mesmo após o Governo ter reforçado o financiamento em 200 milhões de euros em julho, destinado a liquidar dívidas com mais de 90 dias relativas à compra de medicamentos e dispositivos.
Além das baixas passadas fora do SNS, a Autodeclaração de Doença também libertou as consultas nos centros de saúde.
Além das baixas passadas fora do SNS, a Autodeclaração de Doença também libertou as consultas nos centros de saúde.
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Os pagamentos em atraso no Serviço Nacional de Saúde (SNS) dispararam para 616,4 milhões de euros em agosto, o valor mais elevado desde agosto de 2018, conforme reporta o Público.

Esta subida ocorre mesmo após o Governo ter reforçado o financiamento em 200 milhões de euros em julho, destinado a liquidar dívidas com mais de 90 dias relativas à compra de medicamentos e dispositivos.

Entre junho e julho, o reforço financeiro teve um impacto temporário, permitindo uma redução de 77 milhões de euros nos pagamentos em atraso. O valor das dívidas vencidas caiu de 547,6 milhões de euros em junho para 470,5 milhões em julho, segundo dados do Portal do SNS. No entanto, este efeito não se manteve a longo prazo.

Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, aponta ao Público que a questão central dos pagamentos em atraso “é o subfinanciamento que se mantém”. Defende que, para evitar a acumulação de dívidas, é necessário financiar os hospitais “adequadamente”.

Barreto explica que “não estamos a falar de um aumento do financiamento global, porque este dinheiro é pago, mas no final do ano, com uma injeção de capital. Portanto, mais vale dá-lo no início e permitir que os hospitais não acumulem dívida logo de início”.

Além das baixas passadas fora do SNS, a Autodeclaração de Doença também libertou as consultas nos centros de saúde.
Revista de imprensa. Pagamentos em atraso no SNS sobem e aumentam os homicídios

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