Tarifas: Trump admite baixar taxas à China se houver colaboração na luta contra o fentanil

“Espero reduzir as taxas porque acredito que podem ajudar-nos com a situação do fentanil”, afirmou Trump a bordo do Air Force One, a caminho da Coreia do Sul, após deixar o Japão.
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Donald TrumpEPA/FRANCIS CHUNG / POOL
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O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse esta quarta-feira, 29, esperar uma redução das taxas alfandegárias aplicadas à China, caso Pequim colabore com Washington no combate ao fentanil, uma droga sintética altamente letal.

“Espero reduzir as taxas porque acredito que podem ajudar-nos com a situação do fentanil”, afirmou Trump a bordo do Air Force One, a caminho da Coreia do Sul, após deixar o Japão.

Trump vai reunir-se na quinta-feira com o homólogo chinês, Xi Jinping, à margem da cimeira de líderes do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em Gyeongju.

“Penso que a China vai trabalhar bem comigo. Vamos conseguir fazer algo, creio. Temos o encontro marcado para amanhã e vai ser uma grande reunião”, sublinhou o Presidente norte-americano.

Segundo Trump, a principal prioridade será o combate ao tráfico de fentanil, que, afirma, tem origem na China e passa pela Venezuela antes de chegar aos Estados Unidos.

Washington já impôs tarifas de 20% sobre exportações chinesas devido ao fentanil, que se somam a outras medidas punitivas aplicadas à segunda maior economia do mundo.

“Temos de acabar com isto. Temos de travá-lo”, insistiu Trump.

O combate ao fentanil tem sido uma das principais bandeiras da atual administração. O Presidente norte-americano já impôs tarifas a outros países vizinhos, como México e Canadá, acusando-os de facilitar a entrada da substância nos EUA.

O fentanil é um opioide sintético com um poder analgésico cem vezes superior à morfina e cinquenta vezes maior do que a heroína. Embora usado para fins médicos, é altamente viciante e letal mesmo em doses mínimas.

Entretanto, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou que o Exército norte-americano matou 14 pessoas durante uma operação contra os narcóticos no Pacífico, em águas internacionais ao largo da Colômbia, após atacar quatro lanchas alegadamente envolvidas no tráfico.

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