A EDP anunciou esta terça-feira um novo posicionamento que tem como objetivo reforçar o compromisso da empresa na transição energética. Depois de ter apresentado em fevereiro passado a atualização do plano estratégico que antecipa em duas décadas a meta de ser 100% verde, o grupo decidiu "iniciar uma nova narrativa de marca sob a assinatura "Changing Tomorrow Now" - "A mudar, já hoje, o amanhã"", informou a elétrica liderada por Miguel Stilwell de Andrade em comunicado. A nova assinatura vai ser utilizada em todos os países onde está presente..De acordo com a empresa, a meta de ser 100% verde até 2030 será alcançada através do reforço do investimento em energias renováveis, redes inteligentes e soluções sustentáveis para os clientes. Este posicionamento de marca inclui o compromisso de investir 24 mil milhões de euros na transição energética nos próximos quatro anos.."Na EDP, encaramos esta nova década com sentido de missão e de urgência. A necessidade de mudarmos hoje a nossa pegada será determinante para garantir um amanhã mais sustentável, inclusivo e justo", referiu Miguel Stilwell de Andrade, presidente executivo da EDP. "Depois de termos assumido um compromisso sem precedentes com o setor energético e de aprofundarmos a ligação às comunidades em que estamos presentes, é altura de reforçar esta ambição e sentido de dever perante toda a sociedade", acrescentou..A materializar esta estratégia estão, por exemplo, os planos da empresa de abandonar a produção a carvão até 2025, um objetivo concretizado em Portugal com o encerramento da central de Sines, no início do ano. "São também prioridades o investimento em projetos de ação social, como o acesso a energia por populações desfavorecidas, o apoio à educação e à cultura", sublinha a elétrica..A transição energética tem estado na agenda da EDP e tem sido implementada, em grande parte, através da EDP Renováveis - detida em 75% pela EDP. Tendo em conta que os caminhos das duas empresas estão cada vez mais interligados, e o peso da Renováveis no EBITDA da EDP tem aumentado ano após ano, em 2018 a casa mãe lançou uma oferta pública de aquisição sobre a EDP Renováveis. Uma operação que acabou por não se concretizar. Recentemente, questionado sobre as intenções de retirar o braço para as renováveis de bolsa, Miguel Stiwell de Andrade colocou de parte esse cenário. "Ter a empresa cotada é positivo, dá uma maior transparência aos investidores, é uma coisa positiva para a EDP. Neste momento, não está nos planos tirar a EDP Renováveis de bolsa", disse no início do não numa conferência de imprensa..No âmbito deste novo posicionamento de marca, a EDP aliou-se a figuras conhecidas que, segundo a empresa, "partilham a ambição perante os desafios da década, para desenvolver projetos desportivos, artísticos e de inclusão social, que traduzem a força do vento, do sol, da água e o compromisso com a descarbonização e economia circular". Um dos exemplos é Alexandre Farto, conhecido internacionalmente como Vhils, vai criar uma exposição submarina a partir de peças de centrais da EDP desativadas, que reaproveitará artística e biologicamente.