No ano passado, aposentaram-se 4366 funcionários dos quadros do Ministério da Educação. A grande maioria dos reformados era professor, mas também há guardas-noturnos, cozinheiras, auxiliares e até uma operadora de lavandaria, com pensões que vão de pouco mais de 200 euros a mais de cinco mil euros mensais. Resultado: apesar de o valor médio das reformas ser de 1755 euros, há 41 funcionários com pensões inferiores a 300 euros e um grupo de 53 docentes universitários com um rendimento mensal superior a quatro mil euros.
A reforma mais elevada foi atribuída em março ao
vice-presidente do Instituto Politécnico de Lisboa: 6788 euros
mensais. É entre os 220 professores do ensino superior reformados no
ano passado que se encontram as aposentações mais elevadas, com
destaque para os 47 catedráticos, que passaram a receber, em média,
4377 euros.
Os catedráticos receberam, em média, o dobro dos
valores atribuídos aos docentes do ensino obrigatório: os quase
três mil professores do básico e secundário receberam uma média
de 2032 euros de pensão mensal. Por seu lado, as 61 educadoras de
infância que deixaram de trabalhar passaram a receber, em média,
1970 euros mensais.
No entanto, as médias escondem casos como a de
uma educadora de infância de Santo Onofre que aparece entre as dez
reformas mais baixas, com uma pensão de 237,38 euros.
Com uma
reforma inferior a 500 euros, encontram-se outros 302 funcionários
do Ministério de Nuno Crato. A grande maioria era
"assistente operacional", mas também há 12 professores de
ensino obrigatório, uma psicóloga, duas cozinheiras, um
guarda-noturno e até um assistente regente da Universidade Católica,
que desde julho recebe mensalmente 296 euros.