Localizadas maioritariamente no interior do país e região do Algarve, as cinco vias que vão ter descontos são a A4, A22, A23, A24 e A25, todas antigas SCUT, ou seja, que não tinham cobrança aos utilizadores antes das medidas de austeridade aplicadas em 2011.
António Costa, primeiro-ministro, tenta assim cumprir uma das suas promessas eleitorais. Embora não deixem de existir cobranças aos automobilistas, haverá descontos sobre o valor atualmente cobrado, e apenas em algumas vias.
De norte para sul, a A24, que faz a ligação entre Chaves e Viseu, passa de 12,20€ para 10,35€ para um veículo de classe 1 que percorra a totalidade dos seus 13 sub-lanços. A "autoestrada do Interior Norte ainda não está completa, prevendo-se um prolongamento para sul, desde Viseu até Coimbra.
A A4, que liga o Porto a Bragança, desce 20 cêntimos, de 1,35€ para 1,15€, sendo que este desconto está comprometido apenas a dois sub-lances, entre Vila Real e Bragança. A "Autoestrada Transmontana" vem sendo construída desde 2006, e apenas se pode considerar que ficou concluída durante este ano, com a abertura do túnel do Marão.
A A25, que atravessa o país desde Aveiro até à fronteira com Espanha em Vilar Formoso, passa também a ter um desconto dos atuais 13,55€ para 11,50€ na totalidade dos seus 13 sub-lances. A "Autoestrada das Beiras Litoral e Alta" foi inaugurada em 2006, é uma das principais vias do país, e a mais importante porta de entrada rodoviária para o resto da Europa.
De Torres Novas a Guarda, a A23 é a que desce mais, de 16,75€ para 14,30€, para completar os seus 16 sub-lances. A "Auto-estrada da Beira Interior" é a 4ª maior auto-estrada de Portugal, tendo sido aberta ao público em 2003, em regime de SCUT.
Finalmente, atravessar toda a região do Algarve através dos 10 sub-lances da A22 passa a custar menos 1,50€, de 10,05€ para 8,55€. Conhecida como "Via do Infante D. Henrique" ou "Via Longitudinal do Algarve", a autoestrada do Algarve abriu à circulação em 1991, embora só tenha ficado completa em 2003.
O Governo prevê, com esta medida, perdas anuais de receita superiores a 13 milhões de euros, embora indique que a o aumento de tráfego graças aos preços mais baixos possa compensar essa quebra. De notar ainda que a medida inclui também descontos até 30% para veículos das classes 2, 3 e 4, afetos ao transporte rodoviário de mercadorias.