Bayer passa de prejuízo a lucro de 137 milhões até setembro

A Bayer informou que alcançou um lucro operacional (EBIT) de 1.794 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, que compara com um prejuízo de 205 milhões de euros no ano anterior.
A sede da Bayer em Leverkusen, na Alemanha
A sede da Bayer em Leverkusen, na AlemanhaAFP
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O grupo químico e farmacêutico alemão Bayer registou lucros de 137 milhões de euros até setembro, face ao prejuízo de 2.217 milhões no mesmo período de 2024, graças ao forte desempenho dos negócios de proteção de culturas e sementes.

A Bayer informou esta quarta-feira, 12, que alcançou um lucro operacional (EBIT) de 1.794 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, que compara com um prejuízo de 205 milhões de euros no ano anterior.

Já a receita caiu 2,1% entre janeiro e setembro, para 34.137 milhões de euros, devido aos efeitos negativos das taxas de câmbio, caso contrário teria aumentado 0,5%.

O presidente executivo do grupo, Bill Anderson, destacou, em comunicado, o forte desempenho do negócio agrícola e a receita do negócio farmacêutico.

O negócio de proteção de culturas e sementes melhorou o seu lucro operacional bruto antes de itens especiais, no terceiro trimestre, para 172 milhões de euros (+391,4% em relação ao ano anterior), devido à forte procura de sementes de milho e herbicidas sem glifosato.

Excluindo os itens especiais, o negócio de proteção de culturas e sementes registou um lucro operacional de 1.382 milhões de euros até setembro (-2,7%), enquanto o de medicamentos de venda livre teve um lucro operacional de 2.545 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano (-5% em termos homólogos).

Bill Anderson expressou confiança na redução significativa das disputas judiciais nos Estados Unidos até ao final de 2026 e justificou o aumento das provisões para estes casos devido ao maior número de processos judiciais relacionadas com o glifosato e a uma decisão do Supremo Tribunal do Estado de Washington contra a Bayer no caso Erickson PCBs.

O glifosato foi originalmente desenvolvido pela empresa agroquímica norte-americana Monsanto, que foi adquirida pela Bayer em 2018 por mais de 60 mil milhões de dólares.

Desde então, o consórcio alemão tem enfrentado dezenas de milhares de processos judiciais nos Estados Unidos relacionados com o Roundup, o herbicida à base de glifosato, por danos devido a um possível efeito cancerígeno.

A Bayer prevê agora um prejuízo operacional entre 3.000 milhões e 2.500 milhões de euros em 2025 (anteriormente entre 2.500 milhões e 1.500 milhões de euros) devido às provisões.

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Lucro da Bayer aumenta 315% para 4150 milhões de euros em 2022

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