A Deco apelou à intervenção da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Ministério Público para impedir que a Ryanair imponha a utilização exclusiva de cartões de embarque digitais a partir da próxima semana, considerando a medida “abusiva”.“Por entender injustificada a imposição da companhia que obriga os passageiros a descarregarem uma aplicação e os impede de viajar tranquilamente com documentos físicos, a Deco pediu a intervenção da ANAC e ao Ministério Público que avance com uma ação judicial, de forma a proibir que a transportadora mantenha as cláusulas que entende serem abusivas nos contratos”, anunciou esta quarta-feira, 5, a associação de defesa do consumidor.Em comunicado, a Deco manifesta preocupação com "mais uma medida da companhia que discrimina e dificulta a vida a passageiros que não têm ‘smartphones’ ou simplesmente [estão] menos familiarizados com ferramentas digitais”.“Depois de ter introduzido a aplicação de taxas significativas pelo ‘check-in’ no aeroporto, a nova manobra da transportadora volta a penalizar consumidores com menos competências digitais e pode vir a significar novas filas nos aeroportos”, argumenta.A Ryanair anunciou recentemente que, a partir de 12 de novembro, deixará de aceitar cartões de embarque impressos, tendo os passageiros de utilizar exclusivamente cartões de embarque digitais.Para a associação, trata-se de uma “imposição abusiva”, sem “nenhuma justificação técnica regulamentar”. .Lucros da Ryanair aumentam 42% para 2,5 mil milhões no primeiro semestre