A Endesa está a dar passos significativos no licenciamento de um projeto de energias renováveis em Portugal, que representa um investimento de 600 milhões de euros. Anunciado pela primeira vez em 2022, este projeto, conhecido como Atalaia, visa combinar energia solar e eólica com armazenamento, totalizando mais de 600 MW de capacidade.De acordo com o El Economista, o projeto, que esteve adormecido em arquivos administrativos, ressurgiu em outubro, procurando uma avaliação de impacto ambiental antes da data limite desta terça-feira, 4 de novembro. O empreendimento híbrido não só gerará energia renovável, mas também incluirá um eletrolisador para a produção de hidrogénio verde.O projeto Atalaia é considerado complexo devido à sua integração de tecnologia fotovoltaica e eólica, um sistema de armazenamento em baterias e um eletrolisador, todos localizados em um terreno anteriormente ocupado por uma central termoelétrica a carvão. Comparado ao projeto original, que previa 365 MWp de energia solar e 264 MW de energia eólica, houve modificações significativas nos últimos três anos. Os últimos documentos submetidos indicam que a capacidade solar foi reduzida para 330 MW, enquanto a capacidade eólica foi aumentada para 360 MW. Além disso, os sistemas de armazenamento em baterias contribuirão com 337 MWh de eletricidade renovável, e a área ocupada pelo projeto será reduzida em 50 hectares.Após o encerramento da central termoelétrica de Pego em 2021, o governo português lançou um concurso público para descarbonização, que a Endesa venceu em 2022, garantindo uma ligação à rede de 224 MVA. Rafael González, Diretor Geral de Geração da Endesa, destacou, na altura, a importância do projeto, afirmando que "a Endesa continua a investir na Península Ibérica" e descrevendo o Atalaia como "o modelo de energias renováveis do futuro"..Lucros da Endesa crescem 22% até setembro para 1,7 mil milhões de euros