O coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, Rogério Nogueira, admitiu esta quarta-feira, 3, uma grande participação dos trabalhadores da fábrica de automóveis e empresas do parque industrial de Palmela na greve geral de 11 de dezembro.“O Governo não quer negociar - não o quis durante cinco ou seis meses e continua a não querer – e os trabalhadores vão responder à nossa chamada. Penso que aqui na Autoeuropa a greve geral vai ter uma adesão bastante grande”, disse à agência Lusa Rogério Nogueira, depois dos dois plenários realizados hoje de manhã na Autoeuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal.“O projeto do Governo [de alteração da legislação laboral] tem repercussões diretas nos trabalhadores da Autoeuropa, nomeadamente nas questões do ´outsourcing´, na liberalização dos despedimentos, nos próprios bancos de horas individuais, porque na Autoeuropa temos uma ferramenta coletiva, os `downdays, que no fundo funciona como um banco de horas, mas os bancos de horas individuais poderão eventualmente aqui ser também aplicados”, acrescentou.Face ao que diz ser a “ofensiva e intransigência” do Governo, o coordenador da CT da Autoeuropa está convicto de que a única saída para os trabalhadores é mesmo uma grande participação na greve geral, como também defenderam os coordenadores das centrais sindicais CGTP/IN, Tiago Oliveira, e UGT, Mário Mourão, que se juntaram, mais uma vez, aos plenários de trabalhadores da Autoeuropa.Juntos na ação para o que esperam ser “uma grande greve geral” no dia 11 de dezembro, Mário Mourão e Tiago Oliveira voltaram a acusar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de se colocar ao lado dos patrões e defenderam a necessidade de os trabalhadores lutarem pelos seus direitos, por melhores salários, contra a precariedade e contra os ataques aos serviços públicos, designadamente à escola pública e ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)..Greve geral: Trabalhadores da Autoeuropa aprovaram moção contra pacote laboral do Governo