Lucro da Endesa sobe 30% no 1.º semestre

A Endesa comunicou um lucro de 1.041 milhões no primeiro semestre, mais 30% face ao mesmo período do ano anterior, devido à ausência de gastos extraordinários contabilizados em 2024
José Bogas, CEO da Endesa, e Marco Palermo, diretor-geral da Endesa. Foto: D.R.
José Bogas, CEO da Endesa, e Marco Palermo, diretor-geral da Endesa. Foto: D.R.D.R
Publicado a

“A Endesa encerrou o primeiro semestre do exercício de 2025, marcado pelo apagão de 28 de abril e pelas mudanças que ele gerou no mercado, com excelentes resultados financeiros”, informou a empresa, em comunicado.

Até junho, o lucro bruto de exploração (Ebitda) atingiu 2.711 milhões, um aumento de 12%, graças à boa evolução dos negócios liberalizados e ao desaparecimento do imposto extraordinário de 1,2% que afetou os dois exercícios anteriores.

Consequentemente, o lucro cresceu 30% em relação ao ano anterior, atingindo 1,041 mil milhões, graças à progressão do Ebitda.

Adicionalmente, apontou a Endesa, “estes resultados permitiram uma excelente geração de caixa”, com o fluxo de caixa livre a duplicar em termos anuais, atingindo 2,4 mil milhões, “o que reconfirma a capacidade da empresa de autofinanciar os investimentos orgânicos e o pagamento de dividendos”.

A empresa salientou que o contexto dos preços, especialmente desde o apagão de 28 de abril, é marcado pela volatilidade, “agravada pelo modo de operação do sistema que está a ser realizado desde essa data”, reiterando ainda que todas as suas centrais de geração funcionaram como previsto naquele dia e que as desconexões das centrais ocorreram em todos os casos ao serem ultrapassados os níveis técnicos de segurança estabelecidos.

A empresa destacou também o crescimento da procura registada no primeiro semestre e o aumento “exponencial” dos pedidos de novas ligações à rede de distribuição.

“Neste contexto, a Endesa alerta que a proposta de taxa de remuneração e modelo remuneratório da CNMC (Comissão Nacional de Mercados e Concorrência de Espanha) para a rede de distribuição no período 2026-2031 ameaça os objetivos da política energética do Governo, uma vez que desincentiva o investimento nas redes, necessário para eletrificar a economia”, avisou.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt