Lucros da dona do Pingo Doce aumentam 10% para 484 milhões até setembro

Vendas da Jerónimo Martins cresceram 7,1%, totalizando 26,5 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.
Pedro Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins, empresa dona do Pingo Doce
Pedro Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins, empresa dona do Pingo DoceCarlos Pimentel/Global Imagens
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A Jerónimo Martins registou lucros de 484 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, refletindo um aumento de 10% em comparação com os 440 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nesta quarta-feira, 29 de outubro, o grupo, sob a liderança de Pedro Soares dos Santos, revelou que as vendas cresceram 7,1%, alcançando um total de 26,5 mil milhões de euros.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) aumentou 10,9%, alcançando 1,81 mil milhões de euros, com a margem a subir de 6,6% para 6,8%.

O fluxo de caixa gerado pela grupo foi de 128 milhões de euros, invertendo o resultado negativo de 387 milhões do ano passado por esta altura.

O CEO, Pedro Soares dos Santos, sublinhou, no mesmo documento, a resiliência do grupo diante da forte concorrência e da pressão sobre os custos, afirmando que, mesmo assim, as vendas e os resultados apresentaram crescimento significativo, realçando ainda as "274 aberturas de loja e 170 remodelações" concretizadas.

Analisando o terceiro trimestre isoladamente, o grupo obteve um desempenho assinalável, com um crescimento de 7,9% nas vendas em comparação com o ano anterior, atingindo 9,14 mil milhões de euros, conforme antecipado pelos analistas. Além disso, os lucros registaram um incremento de 14%, totalizando 214 milhões de euros, demonstrando assim a eficácia das estratégias implementadas, como assinala o comunicado.

Agradecendo a dedicação das equipas, Soares dos Santos destacou que o desempenho positivo dos últimos três trimestres prepara a empresa para enfrentar a importante época natalícia e de fim de ano.

Operando em Portugal, Polónia, Colômbia e, desde fevereiro, na Eslováquia, o grupo revelou que o seu programa de investimento, que é a prioridade máxima na alocação de capital, avançou de acordo com o plano, com um total de 816 milhões de euros já investidos. A expectativa é que, em 2025, esse valor supere ligeiramente a marca dos mil milhões de euros, mantendo a tendência dos anos anteriores.

No que diz respeito ao mercado português, para além de estar focado em alargar a sua rede de parcerias Amanhecer, que já abrange mais de 700 locais em todo o país, o Pingo Doce continua a aproveitar o êxito do seu conceito inovador All About Food. Para o final deste ano, a marca nacional planeia abrir cerca de dez novos supermercados e realizar remodelações em aproximadamente 50 lojas existentes.

No que concerne aos resultados até setembro, o Pingo Doce reportou vendas de 3,9 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 5,4% em relação ao ano passado. O Recheio, por sua vez, também se destacou, com um crescimento de 2,6% nas vendas, alcançando mil milhões de euros, impulsionado pela sua oferta dirigida ao setor de restauração e hotelaria (HoReCa).

Com um foco em melhorar a produtividade e um forte desempenho nas vendas, o EBITDA da distribuição em Portugal chegou a 287 milhões de euros, marcando um aumento de 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a margem cresceu para 5,8%, comparado aos 5,7% do ano anterior.

No mercado polaco, por sua vez, a Biedronka, a marca mais importante do grupo, apresentou um crescimento nas vendas de 7,4% em euros, ou seja, 5,8% em moeda local, atingindo um total de 18,8 mil milhões de euros. O EBITDA também teve um desempenho positivo, aumentando 10% para 1,48 mil milhões de euros, enquanto a margem alcançou 7,9%. Por outro lado, a rede de lojas Hebe, voltada para saúde e beleza, registou um crescimento de 6,9% nas vendas e um aumento de 7,2% no EBITDA, resultando em uma margem de 8,4%.

Na Colômbia, a Ara destacou-se com um aumento de 9,6% nas vendas em euros (+16,9% em moeda local), para 2,33 mil milhões, e um ‘salto’ de 42% no EBITDA, que atingiu 93 milhões de euros, com a margem a subir de 3,1% para 4%.

Na Colômbia, a Ara sobressaiu com um crescimento nas vendas de 9,6% em euros para 2,33 mil milhões (+16,9% em moeda local). O EBITDA saltou 42%, chegando a 93 milhões de euros, e a margem subiu de 3,1% para 4%, refletindo um sólido desempenho no mercado.

Como lembra, no mesmo comunicado, o presidente e CEO da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, a "continuada incerteza geopolítica global tem afetado a confiança e o comportamento dos consumidores, aumentando a sua orientação para oportunidades de poupança". Neste contexto, defende que as insígnias do grupo "reforçaram o compromisso com a liderança de preço, trabalhando, com determinação e resultados assinaláveis, ao nível da produtividade e da eficiência, protegendo a rentabilidade".

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