Uso da bicicleta pode gerar mil milhões de euros em benefícios até 2030, aponta estudo da EY

À data, o uso de bicicletas em 150 cidades europeias gera 305 milhões de euros e permite poupar 40 milhões de euros em cuidados médicos. Nos próximos cinco anos, os valores podem disparar.
Bicicletas têm cada vez mais adeptos em Lisboa.
Bicicletas têm cada vez mais adeptos em Lisboa.Reinaldo Rodrigues/Global Imagens
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A partilha de bicicletas nos países europeus gera 305 milhões de euros em benefícios. Ao mesmo tempo, constitui um incentivo à vida ativa, que contribui para a saúde dos cidadãos e evita emissões de gases poluentes.

As contas foram realizadas no âmbito de um estudo pedido pela EIT Urban Mobility e pela Cycling Industries Europe (CIE), que foi levado a cabo pela EY. Em estudo estiveram 150 cidades europeias (situadas em 27 países da UE, a que se juntam Reino Unido, Suíça e Noruega), cujas frotas envolvem um total de 438 mil bicicletas.

A análise debruça-se sobre um meio de transporte económico, que permite reduzir despesas, horas perdidas no trânsito e a manutenção de postos de trabalho.

Ao incentivar à mobilidade ativa, permite prevenir doenças crónicas, resultando numa poupança conjunta de 40 milhões de euros em cuidados de saúde. O alívio dos engarrafamentos leva a um aumento da produtividade na ordem de 760 mil horas, o que avalia em 30 milhões de euros e assegura 6 mil empregos.

Ao mesmo tempo, evita-se a emissão de 46 mil toneladas de de carbono e 200 toneladas de poluentes atmosféricos nocivos para a atmosfera. Ao mesmo tempo, cada euro investido nas frotas dá um retorno de 10%.

Até 2030, aponta o estudo, os benefícios podem crescer até aos mil milhões de euros anuais, permitindo manter 13 mil empregos, ao passo que o retorno financeiro iria crescer até 75% da despesa pública dedicada a políticas ligadas ao uso da bicicleta. Simultaneamente, evitar-se-ia a emissão de 224 mil toneladas de carbono.

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