Espanha poderá pedir um resgate total em breve, segundo as declarações feitas esta manhã pelo ministro da Economia, Luis de Guindos.
A instabilidade política em Itália, devido à demissão de Mario Monti do cargo de primeiro-ministro, levou ao aumento dos custos de financiamento de Espanha após ter estado nos últimos meses em queda, revelando assim que a situação de Espanha nos mercados continua bastante volátil.
Madrid está assim a "considerar" a opção de resgate, está a "pensar nisso", disse o ministro em entrevista à Radio Nacional citado pelo El País, apesar de considerar que os "tempos em política, como na música, são importantes".
Luis de Guindos não revelou se o executivo de Mariano Rajoy poderá pedir a ajuda nem quando o fará, mas afirmou que o Governo vai fazer o que for "mais conveniente para a economia espanhola".
"Pedir um resgate não é só apertar um botão, o resgate tem várias implicações para a economia espanhola e europeia", afirmou.
O Governo "não resiste a nada, analisa a situação, vê quais são os prós e os contras". "A ajuda de que Espanha precisa é que sejam eliminadas as incertezas sobre o futuro do euro", acrescentando que o Conselho Europeu que vai ter lugar esta semana "é muito importante, porque vai-se voltar a falar da união bancária".
O ministro sublinhou também a necessidade de reduzir os prémios de risco que prejudicam a recuperação económica do país: "Com o prémio de risco entre 400 e 500 pontos base é muito difícil Espanha financiar-se correctamente. Isso é necessário reduzir. A metade deste valor deve-se às duvídas sobre o futuro do euro", disse.