
Se se encontra com dificuldades em cumprir com os seus pagamentos, poderá estar a entrar numa espiral de dívida. Caso tenha vários créditos, o ideal será juntar todos num só, ficando a pagar uma única prestação mensal.
Neste artigo, o ComparJá indica-lhe cinco sinais que deve ter em atenção e reagir rapidamente.
1. O rácio de endividamento excede 80%
O rácio de endividamento (que também poderá ser designado por taxa de esforço) mede a capacidade de um indivíduo fazer face às suas dívidas consoante as receitas de que dispõe. Para calculá-lo (de uma forma simples e acessível a qualquer pessoa), basta que divida o total de todas as prestações mensais referentes a empréstimos pelo salário mensal.
Se o rácio do endividamento for de 100% ou mais (ou seja, deve mais que o montante que pode pagar todos os meses), terá de arranjar um plano de reestruturação da tua dívida.
Em Portugal, existem seis instituições que podem auxiliar neste sentido, prestando-lhe aconselhamento financeiro:
Ressalvamos que, em caso de já ter entrado em processo de insolvência, deve recorrer especificamente ao GAT, ao passo que as restantes instituições acima mencionadas devem ser consultadas numa fase anterior a casos extremos.
2. Os pedidos de crédito são rejeitados constantemente
De cada vez que tentar obter um empréstimo ou requisitar um cartão de crédito, o banco em questão irá verificar o seu Mapa de Responsabilidades de Crédito, ou seja, irá averiguar o seu historial de crédito no sentido de perceber se tem alguns créditos em incumprimento.
Alguns consumidores já endividados utilizam a técnica de pedir um crédito mais barato (isto é, com uma taxa de juro mais reduzida) para pagar outro empréstimo. Contudo, tenha atenção: uma atitude deste género poderá conduzi-lo a uma situação de sobre-endividamento, gerando um “efeito bola de neve”.
3. Não consegue pagar mais que o montante mínimo
Se não está a conseguir fazer os pagamentos mínimos do cartão de crédito, então as suas obrigações excedem o seu rendimento e precisará de reestruturar a sua dívida. Caso consiga apenas pagar o mínimo das prestações, continua a incorrer em dívida.
Nota que os pagamentos mínimos podem não ser suficientes para cobrir os encargos mensais com juros. Se se encontra nesta fase, deverá procurar aconselhamento o mais breve possível.
4. Tem de escolher entre necessidades primárias e o pagamento das dívidas
Se todos os meses é confrontado com a escolha entre alimentar-se de forma correta ou pagar as suas dívidas, encontra-se claramente numa situação de crise.
É normal que algumas dívidas possam causar dificuldades no estilo de vida – pode ter de desistir de umas férias ou deixar de comprar aqueles sapatos que queria. Todavia, repare que não é suposto estar a debater-te com necessidades básicas, como alimentar-se, pagar o passe de transporte ou a mensalidade do telemóvel, por exemplo.
5. Ganha mais que a média salarial, mas não consegue pagar as prestações
Se ganha mais que a média salarial em Portugal mas, ainda assim, encontra dificuldades em pagar os empréstimos, o nível de endividamento pode estar descontrolado.
A solução: agir rapidamente
Estar nesta situação económica poderá afetar o seu nível de bem-estar e ter consequências nefastas para si e para a sua família. Quanto mais rápido procurar auxílio, contactando uma instituição de aconselhamento financeiro, mais rapidamente controlará a dívida e mais depressa a vida voltará ao normal.
O que estas organizações vão fazer é atuar como intermediários em seu nome e renegociar as taxas de juro com os credores, de maneira a evitar o efeito bola de neve. Dois a três meses podem fazer a diferença entre uma dívida que demora alguns anos a pagar e outra que o levará à falência.
Este artigo de Finanças Pessoais resulta de uma parceria do ComparaJá com o Dinheiro Vivo, com publicação semanal.