Euro cai com crise do gás na Europa e receios de recessão

A Reseva Federal dos Estados Unidos ameaça subir pela quarta vez as taxas de juro.
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O euro baixou esta terça-feira e voltou a negociar no nível de 1,01 dólares pressionado pela crise do gás na Europa e pelos receios de uma recessão global, que levam os investidores a evitar o risco.

Às 17:55 (hora de Lisboa), o euro seguia a 1,0126 dólares, quando na segunda-feira negociava a 1,0218 dólares.

O Banco Central Europeu (BCE) fixou o câmbio de referência do euro em 1,0124 dólares.

A rentabilidade da dívida do Tesouro norte-americano a dois anos atingiu 2,99% e a das obrigações a 10 anos 2,8%, esta inversão na curva de rendimentos, a mais acentuada desde 2000, é um sinal de recessão.

Na União Europeia, os ministros da Energia chegaram esta terça-feira a um acordo político sobre a meta para reduzir 15% do consumo de gás até à primavera, pelo receio de rutura no fornecimento russo, num "consenso esmagador" após novas exceções.

O grupo russo Gazprom tinha anunciado na segunda-feira que ia reduzir drasticamente, a partir de quarta-feira, o fornecimento de gás russo à Europa através do gasoduto Nord Stream, justificando a redução com a manutenção de uma turbina.

"A capacidade de produção da estação de compressão Portovaïa passará para 33 milhões de m3 diários em 27 de julho às 07:00" (05:00 em Lisboa), indicou a Gazprom, ou seja, cerca 20% da capacidade do gasoduto contra os 40% atuais.

O mercado espera ainda os resultados da reunião da Reserva Federal que começou esta terça-feira e que deve levar a uma nova subida das taxas de juro nos Estados Unidos.

A concretizar-se, será a quarta subida consecutiva das taxas de juro desde março, com o banco central norte-americano a optar por aumentos progressivos.

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