
Depois da queda em agosto, as exportações nacionais de bens voltaram às subidas, com um aumento de 5,1% em setembro, para 6 488 milhões de euros. Já as importações cresceram 3,3%, para 8 858 milhões de euros. O défice da balança comercial atingiu 2 371 milhões de euros em setembro de 2024, refletindo uma diminuição de 33 milhões, em termos homólogos. Excluindo Combustíveis e lubrificantes, o défice aumentou 433 milhões, para 2 054 milhões de euros.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, destacaram-se, em setembro, os aumentos de 20,1% das exportações e 28% das importações de Material de transporte, para 1 202 milhões e 1 373 milhões de euros, respetivamente. No que às exportações diz respeito, especial atenção à quase duplicação das vendas exterior de automóveis de passageiros, no valor de 381 milhões de euros, mais 97,4% que em igual mês de 2023.
Nas importações, o INE salienta ainda o aumento dos Fornecimentos industriais, mais 10,7% para 2 710 milhões de euros, e o decréscimo de Combustíveis e lubrificantes, com uma quebra homóloga de 38,4%, ficando-se pelos 707 milhões, menos 441 milhões do que em setembro do ano passado.
Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, as exportações cresceram 5% e as importações 9,7%.
Refere ainda o INE que, em setembro, os índices de valor unitário (preços) caíram tanto nas exportações como nas importações, com -0,5% e -4,2%, respetivamente. Excluindo os produtos petrolíferos, registaram-se decréscimos de 0,1% nas exportações e de 3,0% nas importações.
Quanto a parceiros comerciais, destaque para o crescimento das vendas para Espanha (+10,8%) e para a Alemanha (+16,4%), fruto do aumento das exportações automóveis para estes países. A queda nas vendas de medicamentos para os Estados Unidos fez cair em 43,7% as exportações para este país.
Nas importações, salientam-se os acréscimos das transações de bens com os Países Baixos (+45,4%), nomeadamente produtos Químicos, e com França (+19,2%), maioritariamente Material de transporte, sobretudo Outro material de transporte, com destaque para aeronaves. Em sentido contrário, o INE sinaliza o decréscimo de 47,7% nas importações com origem no Brasil, principalmente de Óleos brutos de petróleo.
No 3º trimestre de 2024, as exportações e as importações aumentaram, respetivamente, 9,7% e 7,0%, em relação ao período homólogo, o que levou a um aumento do défice em 30 milhões de euros. É o primeiro agravamento desde o 1º trimestre de 2023, sublinha o INE.
"Estas variações refletem o peso das transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda (sem transferência de propriedade), que representaram 6,9% do total das exportações e 3,1% das importações no 3º trimestre. Excluídas as transações com esta natureza, as exportações registaram um aumento de 5,4% e as importações cresceram 4,8%, resultando num aumento do défice em 234 milhões de euros", pode ler-se na nota divulgada.
No acumulado do ano, as vendas ao exterior estão a crescer 2,2%, num total de 59 568 milhões, enquanto as importações sobem marginalmente 0,66%, num valor acumulado de 79 298 milhões de euros.