
A startup portuguesa Bling Energy anunciou uma solução inovadora de energia solar com baterias, integrada num modelo de subscrição agora alargado até 20 anos, permitindo poupanças na fatura de energia de até 70%. Esta extensão do prazo de contrato para baterias implicou a superação de desafios técnicos e financeiros significativos, explica o fundador Bernardo Fernandez.
“Foi imprescindível selecionar tecnologias que mantivessem a eficiência e a segurança dos equipamentos durante toda a sua vida útil prevista, mesmo em condições operacionais variáveis”, acrescenta o CEO da Bling Energy em declarações ao Dinheiro Vivo. “Para além disso, foram implementadas soluções avançadas de monitorização e manutenção preditiva, minimizando eventuais falhas e assegurando a continuidade do serviço.”
Esta inovação resulta do financiamento captado no ano passado numa segunda ronda no valor de dois milhões de euros. Com o objetivo de este ano a startup se focar em crescer no mercado português, o modelo “Energy as a Service” tem o potencial de transformar o acesso às energias renováveis no nosso país, ao tornar a aquisição e utilização de energia limpa financeiramente acessível e operacionalmente simplificada.
Tendo fechado o ano de 2024 com uma faturação de cerca de um milhão de euros e com o objetivo de crescimento, este ano, até seis vezes, a estratégia da Bling Energy centra-se na diversificação do portefólio de clientes, abrangendo tanto o segmento residencial como empresarial, e na expansão do portefólio de produtos.
“Além das instalações solares, a empresa planeia lançar a oferta de bombas de calor no mesmo modelo de subscrição, ampliando assim a sua proposta de ‘Energy as a Service’, explorando novas regiões e segmentos de mercado”, adianta Bernardo Fernandez. “Para atingir estes objetivos, vamos apostar em campanhas de marketing direcionadas que reforcem a reputação da marca e eduquem os consumidores sobre os benefícios da energia solar, bem como em parcerias estratégicas com distribuidores e outros parceiros, de forma a facilitar o acesso aos nossos sistemas e a captação de novos clientes.”
O CEO explica que as futuras rondas de investimento serão cruciais para financiar este processo de expansão e impulsionar o desenvolvimento tecnológico, permitindo à Bling Energy escalar as suas operações e manter elevados padrões de inovação. “Este reforço de capital não só aumentará a confiança dos investidores, como também consolidará a posição da empresa como referência no setor das energias renováveis”, reforça Bernardo Fernandez.
Nos próximos anos, a Bling Energy prevê que este modelo de subscrição possa evoluir de forma acelerada, impulsionado pela redução dos custos das tecnologias de geração e armazenamento, e na expectativa de um “enquadramento regulatório cada vez mais favorável à inovação”.
Para já, o fundador e CEO conta que a startup “criou um modelo de financiamento sustentável que equilibra os custos iniciais com os benefícios a longo prazo, utilizando garantias para mitigar os riscos inerentes, o que deverá incentivar uma adesão mais robusta por parte dos consumidores ao oferecer-lhes segurança quanto à durabilidade e ao desempenho dos sistemas”.