Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento de novas soluções para desafios energéticos, através do investimento e colaboração de longo prazo com startups, foi lançada a 9.ª edição do programa de inovação Energy Starter. “A EDP procura startups com tecnologias inovadoras prontas para serem testadas no terreno e com um modelo de negócio de rápido crescimento, assegurando que estejam bem posicionadas para aproveitar os recursos do programa para expandirem as suas operações de forma eficaz e gerarem um impacto significativo na indústria a nível global”, explica ao Dinheiro Vivo Tomás Moreno, diretor do Ecossistema de Inovação na empresa energética.Neste primeiro módulo, dedicado às Redes do Futuro, o programa Energy Starter pretende captar startups de qualquer parte do mundo e que apresentem soluções inovadoras para redes elétricas. O foco principal – acrescenta Tomás Moreno –está na otimização da flexibilidade e da capacidade das redes, na simplificaçãodos processos de construção e manutenção, de forma a reduzir custos e melhorar a integração de fontes de energia renováveis.Desta forma, não é de tecnologias específicas que a EDP está à procura, mas sim de resolver os principais desafios da transição energética. “As tecnologias atuam como facilitadoras nesse processo”, contextualiza o diretor do Ecossistema de Inovação da EDP. “Neste módulo de Redes do Futuro, são seis grandes desafios prioritários que queremos focar, entre eles: otimizar a capacidade da rede, automatizar a construção e implementação, melhorar o controlo e a monitorização, aumentar a segurança em atividades no terreno, minimizar o impacto ambiental, aumentar a resiliência a fenómenos meteorológicos extremos.”O programa, que permite candidaturas até 21 de fevereiro, está alinhado com os objetivos de sustentabilidade da EDP, sendo premente a modernização das redes elétricas para aumentar a segurança, minimizar o impacto ambiental e integrar melhor as energias renováveis, conforme explica a empresa energética.“Um exemplo concreto é a utilização de drones para inspeções de linhas de alta e média tensão, reduzindo a necessidade de helicópteros”, acrescenta Tomás Moreno. “Esta abordagem diminui emissões de CO2 e minimiza impactos em áreas florestais e na biodiversidade.” É com esta combinação entre tecnologias inovadoras e sustentabilidade que a EDP pretende assegurar redes mais eficientes, com menor impacto ambiental e preparadas para gerar cada vez mais energia renovável.Desde 2016, são já mais de 140 projetos-piloto, 40 contratos comerciais, 30 investimentos de capital de risco no valor total de cerca de 140 milhões de euros que resultaram das várias edições do Energy Starter. Como resultado, um dos exemplos da integração de startups no universo da EDP é a parceria com a Hepta Insights, participante da edição de 2019 deste programa de aceleração de inovação, para resolver desafios namelhoraria das inspeções das linhas aéreas, especialmente em áreas florestais, que a E-REDES fazia principalmente com helicópteros. Tomás Moreno explica que “a Hepta trouxe uma solução inovadora baseada em drones, utilizando tecnologias como inspeção visual com IA, termografia e LiDAR (tecnologia que usa luz laser para medir distâncias e criar mapas 3D precisos de superfícies e objetos)”. O gestor acrescenta ainda que, “desde 2021, a E-REDES implementou o projeto GridDrone, que já inspecionou mais de 11.500 km de rede, reduzindo custos, emissões de CO2 e aumentando a eficiência e segurança. Esta colaboração demonstra como o Energy Starter conecta startups a desafios reais, gerando impacto no setor energético e colaborações a longo termo”.No entanto, a criação deste programa, leva a EDP a alcançar um propósito maior: o de acelerar relações de negócios com qualquer um dos participantes. E do lado das startups, o Energy Starter possibilita também o contacto com especialistas da EDP, que podem contribuir acrescentando valor aos seus projetos. “Durante o bootcamp, evento que terá lugar a 26 e 27 de maio na sede da EDP em Lisboa, as startups vão iniciar uma jornada de colaboração com as equipas de negócio e de inovação da EDP para aperfeiçoar, validar e implementar os projetos-piloto propostos”, antecipa o diretor do Ecossistema de Inovação na empresa energética. “O objetivo é acelerar estas iniciativas inovadoras no sentido da viabilidade comercial e abrir caminho a parcerias de longo prazo. Os participantes poderão ainda contactar com a EDP Ventures (braço de capital de risco da EDP) para explorar potenciais investimentos.”