Felicidade no trabalho gera mais motivação e produtividade

Cuidar do bem-estar dos colaboradores é cada vez mais uma preocupação das empresas, que associam o crescimento do negócio à satisfação das suas pessoas. "Quando alguém não está feliz na sua vida pessoal, isso reflete-se na vida profissional", acredita o ​​​​​​​chef António Boia.
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Cozinhar pode ser uma atividade relaxante para muitos, mas é certamente muito exigente para aqueles que fazem disso a sua profissão. Conhecido por ser um sector de trabalho intensivo e gerador de stress, a restauração é também uma das áreas da economia com maior dificuldade no recrutamento. "A retoma do sector está ameaçada pela falta de mão de obra", explica o chef António Boia ao Dinheiro Vivo. Porém, sublinha, uma forma de aumentar as probabilidades de contratação é oferecer boas condições laborais e um ambiente de trabalho que favoreça a felicidade e o bem-estar dos colaboradores. Este será um dos temas da conversa PHC Think Digital - Gestão 360º do talento para a produtividade, em parceria com o Dinheiro Vivo, no próximo dia 14 de outubro. A emissão tem início às 10h no site do semanário.

Responsável pela cozinha do restaurante JNcQUOI, em Lisboa, António Boia conhece bem as dificuldades da função e faz questão de valorizar as pessoas com quem trabalha. "O maior fator motivacional é o salário, que é uma peça fundamental. Mas para além disso podemos criar outros incentivos para manter as pessoas felizes, como a oferta de seguro de saúde ou prémios de produtividade", exemplifica. Ao contrário do que acontece à mesa do restaurante que lidera, neste capítulo da felicidade a receita não é sempre a mesma, mas flexível e personalizada à medida de cada um. "Há os funcionários que gostam muito do que fazem e que valorizam muito a formação, enquanto outros trabalham na restauração como podiam estar a fazer qualquer outro trabalho. Estes são mais difíceis de motivar, só mesmo pela remuneração", diz.

Contudo, o chef Boia não tem dúvidas de que a definição de metas a atingir e o envolvimento dos trabalhadores na estrutura da empresa, fazendo-os sentir parte do negócio, é essencial. "É importante que as pessoas vejam um chefe como outro membro da equipa e não apenas como alguém que manda, isto reduz o medo de falhar", acrescenta ainda. Sentir o pulso à força laboral é, por isso, uma peça-chave para a manutenção do bem-estar dos colaboradores em qualquer empresa, qualquer que seja o sector de atividade. Aliás, o Dinheiro Vivo criou, em parceria com a PHC, um questionário de preenchimento simples e rápido para verificar quão feliz é no seu trabalho - pode preencher, gratuitamente, através deste link.

No caso dos funcionários de António Boia, o seu bem-estar é uma prioridade que não pode ser descurada. Durante o período de confinamento nacional em que os trabalhadores estiveram em casa, o chef procurou criar grupos nas plataformas de comunicação e promover reuniões constantes com todos. O tema das reuniões? Tudo menos trabalho, garante. "Foi muito desafiante e muito difícil [manter a unidade da equipa e o seu bem-estar] durante a pandemia, mas as pessoas terem possibilidade de falar umas com as outras foi importante para manter o elo de ligação", afirma. "Quando alguém não está feliz na sua vida pessoal, isso reflete-se na vida profissional", aponta, lembrando a importância de cuidar dos colaboradores.

Discutir o papel da felicidade nos resultados das empresas será um dos temas principais da conversa PHC Think Digital - Gestão 360º do talento para a produtividade, que vai juntar o chef António Boia (JNcQUOI), Pedro Rocha e Silva (CEO da Neves de Almeida), Ricardo Parreira (CEO da PHC) e Tiago Franco (CEO da Engaging Consulting). O debate - transmitido no site do Dinheiro Vivo no dia 14 de outubro, às 10h - procurará perceber de que forma podem os gestores motivar os seus colaboradores e cuidar do seu bem-estar enquanto potenciam o crescimento do negócio, que pode ser ajudado por soluções digitais e especializadas de gestão de recursos humanos. "A felicidade está diretamente ligada à produtividade", diz Tiago Franco, que aponta para crescimentos que podem variar entre 19% e 50%.

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