"O nosso projeto da Transavia é um projeto 100% para a França", concluiu o comunicado.
O projeto da Transavia Europa previa a fusão das atuais Transavia francesa com a Transavia holandesa e a abertura de bases em aeroportos europeus fora da França, já em março de 2015, nomeadamente em Lisboa e no Porto, contratando pessoal local e ao abrigo da legislação laboral de cada país, o que, para os pilotos, consistia em angariar pessoal mais barato noutras localizações. Atualmente, as diferenças salariais entre pilotos da Air France e da Transavia francesa chegam a 40%.
Com a greve convocada pelos pilotos desde o passado dia 15 de setembro a obrigar ao cancelamento de, em média, 60% dos voos da companhia aérea, o Governo francês, acionista de 16% do capital da Air France, apelou ontem à Administração da empresa para retomar as negociações e acabar com a greve que "prejudicava a imagem da França".
Com um custo estimado entre 15 a 20 milhões de euros por dia, a greve dos pilotos foi a mais longa de sempre e terá custado 165 a 220 milhões de euros à Air France. Aguarda-se, agora, o anúncio da desconvocação da greve por parte dos sindicatos.