Fim da greve à vista: Air France cedeu às exigências dos pilotos

Ao décimo primeiro dia de greve, a Air France cedeu à exigência dos pilotos e cancelou o projeto da Transavia Europa. "Com a retirada do projeto Transavia Europa, já não restam motivos para fazer greve, visto que já não podem subsistir temores de deslocalização", sublinhou Alexandre de Juniac, CEO da companhia aérea francesa, em comunicado.
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"O nosso projeto da Transavia é um projeto 100% para a França", concluiu o comunicado.

O projeto da Transavia Europa previa a fusão das atuais Transavia francesa com a Transavia holandesa e a abertura de bases em aeroportos europeus fora da França, já em março de 2015, nomeadamente em Lisboa e no Porto, contratando pessoal local e ao abrigo da legislação laboral de cada país, o que, para os pilotos, consistia em angariar pessoal mais barato noutras localizações. Atualmente, as diferenças salariais entre pilotos da Air France e da Transavia francesa chegam a 40%.

Com a greve convocada pelos pilotos desde o passado dia 15 de setembro a obrigar ao cancelamento de, em média, 60% dos voos da companhia aérea, o Governo francês, acionista de 16% do capital da Air France, apelou ontem à Administração da empresa para retomar as negociações e acabar com a greve que "prejudicava a imagem da França".

Com um custo estimado entre 15 a 20 milhões de euros por dia, a greve dos pilotos foi a mais longa de sempre e terá custado 165 a 220 milhões de euros à Air France. Aguarda-se, agora, o anúncio da desconvocação da greve por parte dos sindicatos.

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