Fim dos computadores Sony: marca vende Vaio e despede 5 mil pessoas

Publicado a

É mais um sinal da decadência do mercado dos computadores. A Sony acaba de vender a sua icónica marca Vaio a um fundo de investimento japonês, retirando-se completamente do mercado dos PC. A alienação resultará no despedimento de cinco mil empregados.



Segundo o anúncio da empresa, a venda faz parte de uma reestruturação com vista a "acelerar a revitalização e crescimento do seu negócio eletrónico." Como parte desta reforma, a divisão das televisões Bravia também será reestruturada, via 'spin-off.'



"A Sony e o Japan Industrial Partners concluíram hoje um memorando de entendimento, confirmando a intenção das partes de a Sony vender ao JIP o seu negócio de PC, operado sob a marca Vaio", anunciou a empresa. O negócio estará concluído até ao final de março.



Leia também: Sony faz spin-off das televisões Bravia para salvar negócio



Isto significa que a Sony vai deixar de "planear, desenhar e desenvolver computadores", como informa a empresa. "A produção e vendas também será descontinuada depois de o alinhamento da primavera de 2014 ser lançado globalmente." Os clientes com produtos Vaio continuarão, ainda assim, a receber suporte.

É isto que a Sony explica no seu comunicado: "Na sequência de uma extensa análise de fatores, incluindo as mudanças drásticas na indústria global de PC, a estratégia e portfólio da Sony, a necessidade de suporte contínuo aos valiosos clientes Vaio e oportunidades futuras de emprego para as pessoas envolvidas no negócio Vaio, a empresa decidiu que concentrar o seu alinhamento de produtos móveis em smartphones e tablets e transferir o negócio de PC para uma nova empresa estabelecida pelo JIP é a melhor solução."



Esta reestruturação começou a ser implementada em abril de 2012. A marca identificou nos videojogos, imagem e mobilidade os três sectores com potencial de crescimento, focando-se nessas áreas.



"Ao mesmo tempo, a Sony identificou os PC e as TV como negócios nos quais uma melhoria da rentabilidade seria prioritária e procedeu a várias medidas de reforma", acrescenta a empresa, sublinhando que estas reformas melhoraram a sua estrutura operacional e a competitividade nas televisões.



"No entanto, a Sony antecipa agora que os seus objetivos de regressar aos lucros nas divisões de TV e PC não serão atingidos no ano fiscal que termina a 31 de março de 2014."

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt