Uma das estratégias impostas pelas empresas para cativar e recrutar trabalhadores é o salário, não financeiro, mas sim o salário emocional, aquele estimula o trabalhador a ficar na empresa e ter um bom desempenho. Isto é uma das componentes que está a reter os profissionais nas empresas. O tema esteve em discussão numa webtalk promovida Adecco Portugal, subordinada ao tema "Softpower na retenção de talento".
Outras das regalias que se têm tornado atrativas para os profissionais são a flexibilidade, tanto no regime de horários, como de trabalho, relativamente ao presencial/remoto ou híbrido, a diversidade e inclusão, que têm sido um desafio para as organizações, e os benefícios extras ao salário financeiro, que pesam cada vez mais na atração e retenção de profissionais, lê-se na mesma nota.
Este foi o tema que reuniu a country manager da Adecco Portugal, Alexandra Andrade, diretor de recursos humanos da Majorel, Hugo Rodrigues e a head of recruitment do Grupo Ageas Portugal, Marta Melo, com a moderação da diretora executiva da Pessoas, Ana Marcela, na sede da Adecco, em Lisboa.
A empresa Majorel e o Grupo Ageas estão alinhados no que toca ao reconhecimento dos seus profissionais, seja no envio de emails a agradecer o empenho dos colaboradores, um telefonema, envio de cabazes de Natal ou outras práticas feitas durante a pandemia.
"Esta é uma missão que hoje assume novos contornos, porque não se trata apenas de encontrar as pessoas com as competências certas para o lugar certo. Na Adecco, queremos unir pessoas e organizações alinhadas com o mesmo propósito, só assim podemos caminhar para a retenção do talento nas organizações", revela a country manager da Adecco.
"As empresas têm de caminhar para um modelo de oferta de benefícios onde one size does not fit all, deve-se olhar para o indivíduo, detetar as suas necessidades específicas e criar um conjunto de benefícios orientado para a pessoa", acrescenta a responsável.
Com 82 nacionalidades em Portugal, a Majorel apostou no programa Feel Good - Body, Mind, Soul and Support, dedicado aos seus trabalhadores, com linhas de apoio abertas 24 horas, todos os dias, acreditando que é uma iniciativa "que faz as pessoas sentirem-se valorizadas dentro da própria organização".
"Somos uma empresa que dá perspetivas de carreira a quem está connosco e promovemos o bem-estar, um ambiente de trabalho saudável e queremos pessoas felizes a trabalhar connosco, só temos a ganhar e temos uma atenção constante à satisfação das pessoas através dos "Feel good investors", porta-vozes das equipas que nos alertam para o que é necessário aferir para o bem-estar das pessoas", sublinha o responsável da Majorel.
Por seu turno, o Grupo Ageas utiliza um modelo de trabalho híbrido e pretende migrar os planos de bem-estar implementados durante a pandemia para este modelo. A head of recruitment do Grupo Ageas Portugal, Marta Melo fala do "Ageas Saudável", disponibilizado aos 1200 colaboradores do Grupo, sendo voluntária a adesão. "É um plano assente em quatro pilares como a saúde geral, física e mental. O edifício vai também proporcionar outro tipo de ações de iniciativas de bem-estar para os colaboradores", explica.