O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) desacelerou nos últimos três meses do ano passado devido à pandemia. A economia terá crescido entre 0,5% e 2% face ao trimestre anterior, estima o Fórum para a Competitividade na nota de conjuntura de dezembro. Em termos homólogos o PIB terá crescido entre 4,3% e 4,7%.
Este abrandamento não coloca em causa a previsão de crescimento para 2022, que se mantém no intervalo entre 2,5% e 4,5%, sublinha a instituição.
Quanto à evolução da inflação este ano, a previsão do Fórum para a Competitividade é de que se situe entre 2% e 4%, "acelerando face a 2021 (1,3%), tal como sucede na zona euro, com elevada incerteza em relação à normalização das cadeias de produção e aos preços das matérias primas, em particular dos produtos energéticos".
O Fórum para a Competitividade, uma associação que assume como missão a promoção da competitividade do país, e que é liderada pelo empresário Pedro Ferraz da Costa, defende, na nota de conjuntura, que "o próximo governo tenha um foco muito claro na promoção do crescimento económico". Porque, considera, "se em vez do baixíssimo crescimento que Portugal teve, entre 2000 e 2019, tivéssemos crescido como Espanha, a nossa dívida pública seria, no início da pandemia, de 98% do PIB, em vez de 117% do PIB, que não seria muito diferente da de Espanha (95,5%) nem da de França (97,5%)".
O Fórum que reúne associações empresariais e empresas, considera que "Portugal mantém um modelo económico que infelizmente se aproxima dos países menos desenvolvidos e importa mudar este modelo através da Indústria 4.0". Portugal pode ser, defende a associação, "uma fábrica para o Mundo na área dos serviços executados por via digital. Para isso, precisamos de atrair empresas industriais, que exportem produtos globais e com mercados assegurados".