Francesa Kiabi vai investir 13 milhões e criar 400 empregos

Em cinco anos, a Kiabi quer abrir dez lojas. Em março abre loja na Grande Lisboa, em maio segue-se o Grande Porto.
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A cadeia francesa de moda Kiabi tem um plano para Portugal: em cinco anos quer abrir dez lojas e criar 400 postos de trabalho. “Estamos a apostar bastante no mercado português e, para garantir o crescimento que estamos a planear, vamos investir à volta de 13 milhões de euros”, adiantou Isabel Azevedo, country manager da Kiabi Portugal ao Dinheiro Vivo. “O investimento será sobretudo em imobiliário e, naturalmente, em formação e crescimento da equipa”, clarifica. Vão concorrer com H&M, Zara ou Primark.

A abertura, já em março, da loja no Fórum Sintra é o primeiro passo neste plano de expansão. Para maio preparam uma abertura a norte. “Temos em estudo uma abertura no Grande Porto num centro comercial”, adianta a responsável da cadeia de vestuário, sem mais detalhes por “questões de negociação contratual”.

Os grandes centros urbanos estão na mira da cadeia francesa, mas para já a country manager prefere não revelar quais as cidades que irão ter uma loja Kiabi. “Os locais serão escolhidos pela procura do consumidor. Os clientes são frequentadores assíduos dos centros comerciais, mas não excluímos centros urbanos”, diz Isabel Azevedo quando questionada sobre se a aposta passaria também pela abertura de lojas de rua.

Criada em 1978 no Norte de França com um conceito de “moda a pequenos preços”, a Kiabi chegou ao mercado português em 2010 através de um regime de franchising. Neste momento, tem quatro lojas afiliadas em Beja, Évora, Pombal e Santo André. Mas agora a casa- -mãe chamou a si o plano de expansão, assegurando as novas aberturas. “Adquirimos nos últimos anos, através dos representantes, conhecimento profundo do mercado português, sobre os gostos das famílias a nível de preço e de produto”, justifica Isabel Azevedo.

“Portugal é para nós um país estratégico e a aposta surge num momento certo, em que o mercado está recetivo a marcas acessíveis que veste todo o tipo de pessoas dos zero aos 80 anos.” Com 50 designers inhouse, a Kiabi coloca todas as semanas mais de cem novos produtos nas lojas, lançando anualmente seis grandes coleções de vestuário.

A aposta em Portugal, um dos 12 países onde a Kiabi está presente, insere-se num plano de expansão internacional que neste ano será superior a 500 lojas. Aliás, 75% da rede comercial de lojas está fora de França, país de origem da marca cujo nome transpõe foneticamente a frase qui habille, o que significa “quem se veste” ou “aqueles que vestem”.

Nesta nova fase da marca no mercado português, a Kiabi quer trazer o seu novo conceito de loja “jovem e fun [divertida]”, descreve a country manager. “Este conceito é um dos eixos da marca, com espaços lúdicos dentro da loja, áreas de inovação”, continua. Os clientes podem, por exemplo, encontrar quiosques digitais em que podem consultar o portfólio de dez segmentos de produto (criança, mamã, homem, mulher, jovens, XL, acessórios, calçado e roupa interior) disponível na loja e no site de vendas online.

“Queremos que os clientes tenham uma experiência de compra 360º em todos os canais e serviços”, reforça Isabel Azevedo. Ou seja, a Kiabi vai apostar numa oferta multicanal e digital, o que na prática significa que, por exemplo, o cliente pode nas lojas levantar as encomendas feitas no site da marca. Ou, se não existir em loja o produto que procura, fazer online a encomenda, que será entregue em casa em 48 horas.

Com 35 anos de existência, a marca de roupa francesa diz ter mais de 20 milhões de clientes fidelizados. Em 2015, segundo os dados da companhia, realizaram 1,7 mil milhões de euros em vendas, mais 6,7% face ao ano anterior. Com a rede internacional a registar crescimentos contínuos anuais superiores a 6%. Sobre o mercado português a country manager não adianta perspetivas de faturação resultantes desta nova aposta que vai resultar na contratação de 400 pessoas. A primeira ação de recrutamento para a loja no Fórum Sintra já decorreu: 120 pessoas, de mais de 600 candidaturas, concorreram a 40 vagas.

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