Fundos apostam na dívida de empresas portuguesas e reduzem nas ações

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A CMVM revelou hoje os indicadores de síntese dos fundos de investimento mobiliário relativos a março. De acordo com os dados do regulador, os fundos apostaram na dívida das empresas portuguesas mas reduziram nas ações.

Segundo a CMVM, o valor das aplicações em ações de emitentes nacionais caiu 8,3% face a fevereiro para os 330,2 milhões de euros e o investido em ações estrangeiras desceu 2,3% para os 1,22 mil milhões de euros.

Em sentido inverso, nas obrigações de emitentes estrangeiros o montante investido aumentou 0,6% em março, para 4,05 mil milhões de euros e nas obrigações de emitentes nacionais cresceu 6% para 963,8 milhões de euros.

A CMVM revela ainda que o valor das aplicações em dívida pública estrangeira caiu 7,4%, para 668,3 milhões de euros, e em dívida pública nacional recuou 0,2% para 263,6 milhões.

Contas feitas, em março, o valor sob gestão dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM) totalizou 6 mil milhões de euros, menos 59,4 milhões de euros (ou 1,0%) do que em fevereiro. Nos fundos especiais de investimento (FEI) o valor sob gestão subiu para 5,31 mil milhões de euros, mais 2,8% do que no mês anterior.

Espírito Santo Financial Group foi a aposta dos fundos

Segundo a CMVM, o título que mais pesou nas carteiras dos fundos foi o Espírito Santo Financial Group, representando 15,6% do total investido, tendo caído 8,9%. Seguiu-se o BES, cujo valor nas carteiras dos fundos recuou 33,5%, e a Zon com uma subida de 9,6%.

Portugal manteve a segunda posição como destino de investimento dos FIM, com uma subida de 1,6% para 1.475,9 milhões de euros. O Luxemburgo liderou com 25,6% das aplicações totais dos fundos de investimento.

As sociedades gestoras com as maiores quotas de mercado foram a Caixagest (23,9%), a ESAF (21,8%) e o BPI Gestão de Ativos (16,3%).

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