Fundos de compensação como pilar da sustentabilidade laboral

Publicado a

As últimas alterações nos Fundos de Compensação trazem mudanças significativas para o mercado de trabalho em Portugal. As alterações legislativas e a mobilização de recursos são uma oportunidade única para transformar o ambiente laboral, trazendo benefícios tangíveis tanto para colaboradores, como para empresas.  

De acordo com o Decreto-Lei nº 115/2023, os fundos de compensação foram adaptados para permitir um uso mais eficiente e diversificado dos recursos. Se originalmente eram destinados a garantir compensações por términos de contratos, agora abrangem um vasto leque de áreas, indo desde o apoio à habitação, qualificação e formação dos colaboradores, ao investimento em infraestruturas como refeitórios ou creches.  

Sem dúvida que uma das medidas mais inovadoras é a possibilidade de utilizar os fundos para financiar custos de habitação dos colaboradores. Estamos a falar de melhorar as condições de vida de quem trabalha, mas também de fortalecer a cultura organizacional nas empresas. Creio que não deixa dúvidas: Colaboradores com este tipo de apoio acabam por estar mais motivados, produtivos, contribuindo para um ambiente de trabalho mais positivo.  

Também a inclusão da qualificação e formação certificada como parte dos fundos pode ser uma oportunidade para responder, proativamente, às rápidas mudanças tecnológicas. Este tipo de apoio pode funcionar como um diferencial competitivo para as empresas, na medida em que colaboradores que tenham formação contínua acabam por estar mais bem preparados para enfrentar os desafios e as oportunidades do mercado.  

Porém, a implementação destas medidas exige uma gestão cuidadosa e transparente. As empresas devem cumprir prazos e procedimentos específicos para mobilizar os recursos, pelo que é essencial que exista um acompanhamento rigoroso que evite abusos e garanta que os fundos são utilizados para os fins pretendidos.  

A reconversão dos Fundos de Compensação é um passo significativo para a modernização e “humanização” do mercado de trabalho em Portugal. Desta forma, é possível promover uma maior justiça social, criando estruturas sólidas para um desenvolvimento económico sustentável. Sem nunca esquecer, mais uma vez, que a eficácia destas medidas dependerá da responsabilidade e do compromisso de todos os envolvidos - empregadores, colaboradores e entidades reguladoras. 

Chief Marketing & Sales Officer do Grupo Your 

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt