A Galileu, focada na área da formação, aumentou a oferta disponível, através de programas que se focam na área da liderança e na gestão da mudança..Conforme explica ao Dinheiro Vivo Cláudia Vicente, diretora-geral da Galileu, o Executive Program focado em Liderança e Performance de Equipas já estava a ser preparado desde 2019, bem antes da pandemia, "tendo em conta a transformação digital em curso nas organizações".."Era, já nessa altura, um grande objetivo que esta formação abordasse o desenvolvimento das competências de liderança de forma a incluir a capacitação dos profissionais para uma eventual liderança remota", recorda Cláudia Vicente. "Mas, de facto, a oferta formativa acabou por ser lançada em plena pandemia. De repente, o curso que tínhamos preparado e que previa uma nova tendência de liderança à distância passou a preparar os profissionais para uma realidade forçada pela pandemia."."Os novos modelos que prevíamos a médio prazo acabaram por ser implementados pelas organizações a curto prazo, e sem grande preparação. Novos modos e formas de trabalhar, novas temáticas emergiram e muitas funções tiveram de se adaptar.".Esta oferta de formação para executivos foca-se, assim, "nos novos paradigmas de liderança", pretendendo "desenvolver competências e dotar os profissionais das ferramentas ideais para desempenhar as suas funções, seja presencialmente ou à distância.".Além desta opção, foi também lançada, em parceria com a HUCMI, uma oferta formativa em gestão da mudança, que "pretende apoiar profissionais e organizações a preparar mudanças focando-se no fator humano, sendo, por isso mesmo, uma mais-valia para as organizações e profissionais envolvidos, por exemplo, em processos de Transformação Digital ou de adaptação profunda a novas realidades impostas pela pandemia"..No caso do Executive Program, o público-alvo são líderes de equipa, gestores ou profissionais em cargos de chefia. "Mas também a todos os profissionais que pretendam futuramente exercer cargos de liderança, independentemente do setor ou área de atividade", frisa Cláudia Vicente. Já a formação em gestão da mudança destina-se a project managers, change managers, profissionais de tecnologias de informação e de recursos humanos, chefias, gestores e profissionais que de alguma forma possam desempenhar um papel fundamental num processo de mudança organizacional..No caso do programa para executivos, no final da formação o objetivo é o de que sejam capazes de "transformar a cultura de uma organização, aprimorar a criação de valor e aumentar o engagement e produtividade da sua equipa e é esse o grande objetivo deste curso" e no curso de gestão da mudança será o de "desenvolver conhecimentos e competências de gestão do fator humano na liderança de projetos, compreendendo a natureza estratégica da gestão de mudanças, de forma a reduzir antagonismos e aumentar o engagement para apoiar organizações no desafio de alcançar os seus objetivos estratégicos.".Cláudia Vicente refere que a reação do mercado "tem sido boa", tendo existido um "genuíno interesse e preocupação por estas duas temáticas que se tocam, tanto por parte das organizações como por parte dos profissionais". "Há por parte das organizações uma preocupação em ajustar a sua liderança à nova realidade (liderança remota), garantindo a motivação das equipas e, obviamente, a produtividade e os resultados. E por outro lado a preocupação de ajustar toda a organização à nova realidade, e para que tudo resulte, o fator humano é essencial, daí que a Gestão da Mudança seja tão importante também.".Líderes devem perceber que não há um modelo certo.Enquanto diretora da Galileu, Cláudia Vicente refere que encarou todas as mudanças do último ano, incluindo a passagem para o teletrabalho, "com bastante pragmatismo", já que a empresa "assumiu a necessidade imediata de mudar todo o nosso modelo de negócio para as soluções remotas. O teletrabalho das equipas e a formação à distância.".Num momento em que a pandemia ainda não tem fim à vista mas já é discutido o que poderá acontecer aos modelos de trabalho, a diretora-geral da Galileu frisa que "essencial perceber que não há um modelo certo. Cada organização pode ter um modelo que é o mais adequado para o seu caso e pode até acontecer diferentes equipas ou pessoas dentro da mesma organização funcionarem melhor com modelos diferentes."."Para delinear uma estratégia, vai ser necessário fazer uma análise e encontrar um equilíbrio entre os objetivos da organização e os benefícios para os diferentes stakeholders (onde se incluem os colaboradores). Quais as consequências para os colaboradores? Quais as vantagens? Quais os benefícios para a organização e quais os riscos? O objetivo é encontrar uma solução que seja win-win para todos. Com base nessa análise é preciso trabalhar todo o processo de gestão dessa mudança de modelo, uma mudança com um elevado impacto na componente humana da organização."