A bolsa de Lisboa encerrou a primeira sessão da semana em terreno positivo, a acompanhar as subidas registadas pelas principais praças europeias, suportada pelos títulos do sector financeiro e pelos pesos-pesados.
Na Europa, as principais praças terminaram com subidas que oscilaram entre os 0,3% do índice britânico e os 1,5% da bolsa francesa, tal como noutro lado do Atlântico em que as praças norte-americanas seguem igualmente em terreno positivo.
A animar os mercados acionistas esteve a expetativa em torno da reunião de dois dias que começa amanhã da Reserva Federal norte-americana, na qual a instituição liderada por Ben Bernanke irá revelar se mantém ou vai reduzir os estímulos à maior economia do mundo.
"Divulgação de dados económicos
positivos nos Estados Unidos, relativos ao índice de confiança dos
empresários do sector da construção residencial. Valor absoluto do
índice divulgado pela NAHB (National Association of Home Builders)
referente a junho é o mais elevado desde 2006", salientou Ricardo Almeida.
O gestor de portfolios da Patris Gestão de Activos sublinhou ainda "o saldo da balança
comercial da Zona Euro com o exterior manteve-se próximo do
excedente alcançado em Março, sendo este um dos raros indicadores
positivos relativos ao desempenho económico da Zona Euro".
"Dia de subida para os índices europeus
de referência, com um destaque particular para o sector das
telecomunicações", acrescentou.
O PSI 20 terminou a valorizar 1,29% para os 5.843,71 pontos, com 19 cotadas em alta e com apenas a Semapa a fechar no vermelho.
A animar a praça lisboeta estiveram as ações da banca, com destaque para o BCP que ganhou 2%, acompanhado pelo BPI que subiu 0,9%, e pelo BES que cresceu 0,1%.
Igualmente a impulsionar o índice nacional estiveram os títulos com maior peso, com a Portugal Telecom a avançar 2%, seguida pela EDP que progrediu 0,5%, e pela Galp Energia que valorizou 0,4%.
Destaque ainda para a Zon que subiu 5,2%, depois de ter disparado para máximos de 2 anos com a expectativa de que a fusão com a Optimus esteja concluída em breve, bem como para a Mota-Engil que cresceu 3,8%, depois de ter disparado para máximos de 5 meses após o anúncio de que ganhou novas obras em África no valor de 500 milhões de euros.