Sabia que a obesidade pode ser considerada uma doença genética relacionada com um grupo de genes de poupança de energia? E que a simples recolha de algumas gotas de sangue permite conhecer os factores genéticos da obesidade, prevendo o risco de se desenvolver a doença ou estabelecer o peso ideal? A análise genética na obesidade é um dos testes inovadores que o CGC Genetics, com sede no Porto e filiais em Espanha e nos EUA, disponibiliza e se ofereceu para implementar no concurso Peso Pesado.
"Oferecemo-nos para realizar um estudo, em colaboração com Teresa Branco, a fisiologista do programa, com os concorrentes. A análise permite conhecer as susceptibilidades do metabolismo de cada indivíduo a glícidos, lípidos, etc., de modo a adequar a dieta ao seu metabolismo, personalizando o tratamento", explica Purificação Tavares ao Dinheiro Vivo.
Professora catedrática na Universidade do Porto até ao ano passado, Purificação Tavares fundou o CGC em 1992 e já conta com uma centena de colaboradores em Portugal, em Espanha e nos Estados Unidos. Na clínica, o primeiro laboratório privado de genética médica no País e responsável pelo primeiro programa de rastreio pré-natal, disponibiliza mais de 1500 testes, recebendo diariamente amostras de hospitais de todo o mundo - até da Arábia Saudita e da Tailândia -, com um peso especial nos rastreios de cancro.
Pioneiro na sua área, o CGC é hoje o laboratório de referência a nível mundial no diagnóstico molecular de doenças raras como as síndromes de Alström e de Fraser (aqui, é o único no diagnóstico).
No ano passado lançou o primeiro teste molecular de rastreio do cancro do cólon por análise ao sangue e está agora a disponibilizar o rastreio "pré-natal mais" que, além da detecção de anomalias cromossómicas "muito superior à dos métodos de rotina tradicionais", permite excluir 12 outras doenças não detectáveis por via convencional que provocam atraso mental - é o único laboratório na Península Ibérica a fazer este teste.
A propósito do teste do cancro do cólon, Purificação Tavares
lembra que "se fala muito na necessidade de melhorar os cuidados
paliativos quando se deve investir a montante, na
prevenção". Sendo certo que os resultados só se vêem a médio
prazo, esta responsável lembra que há sete mil novos casos de
cancro do cólon em Portugal por ano e que é uma das principais
causas de morte por cancro. "Detectado precocemente tem cura. Todas as pessoas
com mais de 50 anos devem fazer o rastreio de dois em dois anos",
sublinha, lembrando os "elevados custos humanos, sociais e
económicos" que a doença, não detectada a tempo, provoca.Prevenção é, aliás, a palavra de ordem na CGC Genetics. De
entre os mais de 1500 testes que disponibiliza - e recebe amostras
diariamente de hospitais de todo o mundo, desde a Arábia Saudita à
Tailândia, com um peso especial nos rastreios dos vários tipos de
cancro - a empresa desenvolveu "um novo paradigma para o
diagnóstico genético", baseado no uso de painéis de matriz
personalizados, cada um destinado a grupos múltiplos de genes e
mutações associadas a perfis clínicos comuns a determinadas
doenças. "Em vez da abordagem tradicional, por tentativa e erro, em que um teste dá
negativo e se pede outro e assim por diante, estes painéis fazem a
análise por grupos de doenças. Têm sido uma revolução. São
muito mais rápidos e custam dez vezes menos. Por exemplo, no caso da
surdez congénita, analisamos 312 mutações em 31 genes, com
resultados em duas ou três semanas que, de outra forma, poderia levar vários anos a obter", adianta Purificação Tavares. O registo da
patente foi já submetido.RetratoO CGC Genetics tem 100 colaboradores em Portugal, em Espanha e nos EUA. Facturou, em 2010, seis milhões de euros, com 20% dessa facturação a vir da área internacional. Já recebe amostras para análises de 23 países e disponibiliza mais de 1500 tipos de teste diferentes. Em 2010, realizou 56 mil testes.
www.cgcgenetics.com