"Tivemos nota na passada sexta-feria de que os bancos nacionais e internacionais tal como o BEI, que apoiam a concessão da Ascendi, que são ex-SCUT e hoje representam uma despesa em termos de Orçamento do Estado, já deram o acordo à renegociação daqueles contratos de PPP", referiu esta manhã Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes. .Sérgio Monteiro realçou hoje que a renegociação foi possível porque os bancos aceitaram uma diminuição das garantias bancárias e rácios financeiros exigidos. "Os bancos acreditam na capacidade das Estradas de Portugal em cumprir", sublinhou, acrescentandoq que "a redução de garantias e liquidez dos próprios bancos exige um sacrífio das concessionárias e dos acionistas porque mais de 66% do lucro vem da TIR acionista"..Só os cinco contratos de concessão da Ascendi permitirão uma poupança superior a 50% do valor inscrito no Orçamento do Estado para renegociações (2500 mil milhões de euros) e tornam-se especialmente relevantes já que a Ascendi recebe mais de metade dos pagamentos do Estado em PPP rodoviárias. .Apesar de já haver autorização da maioria dos bancos que representam a Ascendi - 42 bancos internacionais e cinco nacionais - fica ainda a faltar um relatório da comissão de renegociação dos contratos para posterior aprovação do governo. E ainda a luz verde do Tribunal de Contas aos novos contratos. .Para já, o Executivo tem de estabelecer os novos termos para estas Parcerias Público Privadas que seguirão os tramites normais: aprovação em Conselho de Ministros, promulgação pelo Presidente da República e publicação final em Diário da República. Antes da publicação deverá sair o tal parecer do Tribunal de Contas. .Se não for possível obter um acordo ainda este ano, o governo e a Estradas de Portugal têm previsto um plano de contigência que evitará um golpe orçamental.