A despesa com medidas extraordinárias de apoio à manutenção do emprego tornou a cair em maio, ficando 45% abaixo dos valores de abril, apontam dados preliminares de execução orçamental divulgados pelo Ministério das Finanças.
Segundo a nota, os apoios concedidos às empresas para suportar salários - lay-off simplificado, apoio à retoma progressiva e incentivo pós-lay-off à normalização - atingiam no final de maio 739 milhões de euros, mais 87,2 milhões de euros que em abril.
Ao terceiro mês de desconfinamento gradual das atividades económicas, a despesa feita pelo Estado para minimizar despedimentos voltou a cair, depois de em abril ter totalizado 157,9 milhões de euros.
Da despesa de 87,2 milhões realizada, foram gastos 23,5 milhões de euros ainda na medida de lay-off simplificado, 63,6 milhões no apoio à retoma progressiva e 100 mil euros em incentivos à normalização da atividade, de acordo com os cálculos do Dinheiro Vivo com base nos dados de execução orçamental.
Já o programa Apoiar, que suporta custos fixos das empresas mais afetadas pela pandemia, distribuiu em maio mais 103,5 milhões de euros (248,2 milhões em abril).
No total, os apoios extraordinários destinados às empresas atingiram em maio 190,7 milhões de euros (406,2 milhões de euros em abril).
Desde o início do ano, a despesa com apoios para suportar custos fixos e salários pagos pelas empresas totaliza 1796,9 milhões de euros, mais 388 milhões que o valor gasto na totalidade do ano passado. O valor supera também o previsto no orçamento para este ano, devido ao segundo confinamento do início deste ano. A execução da medida está em 113%.