GPL é o único a crescer. Na Galp já há sete novos postos

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O GPL Auto está, cada vez mais, a assumir-se como uma alternativa à gasolina e ao gasóleo e, neste momento, é o único combustível cujo consumo está a subir. Entre 2010 e 2012, a procura cresceu 12,5% e no primeiro semestre do ano subiu 5,1%, para 14 mil toneladas, quase metade do consumo de gasolina no mesmo período, segundo dados da Direção Geral de Energia (DGE).

"É o efeito de substituição. As pessoas procuram alternativas mais baratas", diz o presidente da Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas (APETRO), António Comprido.

Com um custo de 80 cêntimos por litro, o GPL representa uma poupança de 53% face à gasolina sem chumbo 95 (1,76 euros) e de 46% face ao gasóleo (1,46 euros). Por ano, face à gasolina a poupança pode ir dos 990 euros (15 mil quilómetros) aos 2639 euros (40 mil quilómetros). E face ao gasóleo, a poupança pode ir dos 409 euros (15 mil quilómetros) aos 1091 euros (40 mil quilómetros).

Em simultâneo, estão também a crescer as vendas de carros a GPL, nomeadamente os bi fuel, ou seja, com GPL Auto e gasolina, e em parte é devido às empresas, "já que conseguem obter uma redução significativa dos custos de utilização das frotas", diz fonte da Chevrolet Portugal, que comercializa carros novos a GPL. Aliás, segundo António Comprido, o mercado está a mudar. "Há cada vez mais carros novos. Já não é como antes que se fazia mais conversões", conta, acrescentando que o setor será reforçado com a nova lei aprovada este ano.

"Com a abolição das restrições em termos de parqueamento e da discriminação através do dístico azul [substituído por uma vinheta] desaparecem os fatores que ainda constituíam entraves para os compradores. É muitíssimo previsível um acréscimo de vendas", disse a fonte da Chrevrolet.

É por isso que a Galp está a apostar mais no GPL. Além de oferecer 75 euros em combustível a quem converter o carro, tem aumentado os postos com GPL e só este ano já soma mais cinco - em Esposende, Vila Nova de Gaia, Gaia, Palmela, Portimão - e tem ainda previstos mais dois. No total, são mais de 60 bombas. "Portugal já tem mais de 200 postos com GPL. Ninguém fica parado", remata António Comprido.

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