Grécia: Nova manifestação em Atenas pela manutenção na zona euro

"A Grécia pertence à União Europeia (UE) e todas as negociações com os credores (UE e FMI) devem decorrer no âmbito europeu", declarou à agência noticiosa AFP Kyriakos Fragazidis, trabalhador numa empresa.
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"Há muito que não participava em manifestações. A política de rigor foi muito estrita para a Grécia, mas as razões da crise não são a austeridade, é o modelo produtivo do país", considerou.

Alguns dos manifestantes, na maioria de meia-idade e soprando apitos, agitavam bandeiras gregas e europeias. Um deles conseguiu ultrapassar o recinto do parlamento com uma bandeira grega.

"Sou a favor da Europa mesmo que existam medidas de austeridade muito duras. Sem a Europa regressamos à Idade Média", acrescentou Alexandra Ikonomou, 35 anos, proprietária de uma galeria de arte.

O antigo primeiro-ministro de direita Konstantin Mitsotakis, no poder entre 1990 e 1993, e hoje com 96 anos, juntou-se aos manifestantes. "É uma grande manifestação, não é uma manifestação partidária nem uma manifestação de divisão. É uma manifestação de unidade. A sua mensagem é que a Grécia permaneça na Europa", assegurou.

Foi a segunda vez desde quinta-feira que os "pró-Europa" se concentram na Praça Syntagma, e um dia após manifestações dos "antiausteridade" que apoiam o Governo do Syriza. Segundo a polícia, estas iniciativas têm reunido cerca de 7.000 pessoas.

A alguns metros da praça, cerca de 200 anarquistas também se manifestaram antes de serem afastados pela polícia de intervenção, para evitar eventuais incidentes com os manifestantes "pró-euro".

Atenas, que arrisca entrar em incumprimento no final de junho, entregou hoje novas propostas aos seus credores por ocasião da cimeira europeia extraordinária sobre a crise grega.

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