Greve da Transtejo com adesão de 22% e Soflusa com 14%

Ambas têm a mesma administração e asseguram ligações fluviais entre a margem sul e Lisboa.
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A greve parcial dos trabalhadores da Transtejo registou esta quinta-feira de manhã uma adesão de 22% e a paralisação da Soflusa 14%, segundo os dados divulgados pela empresa que gere as ligações fluviais entre a margem sul e Lisboa.

Os trabalhadores da Transtejo iniciaram na segunda-feira um ciclo de greves parciais, de três horas por turno de serviço, que durará até sexta-feira, enquanto os trabalhadores da Soflusa iniciaram na terça-feira um ciclo de quatro dias de greve, com paralisação durante todo o período de trabalho, realizada por categorias específicas, consoante os dias.

Ambas têm a mesma administração e asseguram as ligações fluviais entre a margem sul e Lisboa.

Em comunicado enviado à agência Lusa, fonte da administração adiantou que durante o período da manhã a adesão dos trabalhadores da Transtejo foi de 22%.

A empresa indica que o início do serviço de transporte na ligação fluvial de Cacilhas "voltou a ser antecipado", com a realização da primeira carreira às 11:15 e que as ligações do Montijo e do Seixal foram iniciadas "na devida normalidade e nos horários previstos".

Por seu turno, em declarações à Lusa, o sindicalista Carlos Costa, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) indicou que a adesão à greve esta manhã no serviço da Transtejo foi de 40%.

As interrupções na Transtejo afetam as carreiras fluviais de Cacilhas (Almada) para o Cais do Sodré (Lisboa) e no sentido inverso, com especial incidência nas "horas de ponta" da manhã e da tarde.

Relativamente à greve na Soflusa, a empresa aponta para uma adesão esta manhã de 14%, referindo que, tal como na quarta-feira, estão a ser realizadas carreiras desde as 06:35 com cinco navios ao serviço desta ligação fluvial.

Já os sindicatos indicaram que a adesão esta manhã dos trabalhadores da Soflusa foi de 50%.

Na Soflusa estão a registar-se interrupções na carreira fluvial do Barreiro para o Terreiro do Paço (Lisboa) até 23 de julho, sendo o último barco às 22:25 e o primeiro às 00:05 do dia seguinte.

O mesmo se verifica na carreira fluvial do Terreiro do Paço para o Barreiro, sendo o último barco às 22:50 e o primeiro às 00:30 do dia seguinte.

De acordo com a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), os trabalhadores exigem o aumento dos salários e medidas que combatam a degradação do serviço público, devido à falta de trabalhadores e ao envelhecimento da frota.

Atualmente, adianta a estrutura sindical, a Transtejo já tem navios novos (do concurso de navios elétricos), mas por falta de baterias os mesmos estão imobilizados.

Por outro lado, por falta de trabalhadores "há recurso a imensas horas extraordinárias, havendo trabalhadores com horários de 16 horas por dia".

Desde o início do ano, mais de mil circulações não foram efetuadas.

A Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

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