O grupo AFA vai iniciar em breve a revitalização do Ginjal, em Almada, um projeto orçado em 300 milhões de euros e cuja concretização se prolonagará por oito anos.
A Câmara de Almada aprovou, por unanimidade, a 2 de novembro, o Plano de Pormenor Cais do Ginjal, dando luz verde à possibilidade construção numa área da ordem dos 90 mil metros quadrados e travando o problema de degradação progressiva daquela zona conhecida como a "porta de entrada fluvial de Almada".
O grupo AFA prevê a edificação de um complexo habitacional com cerca de 300 fogos, várias frações de comércio e serviços, um hotel com 160 quartos, equipamentos sociais e ainda um parque de estacionamento com 500 lugares.
O objetivo "é tornar o território abandonado do Ginjal num ícone da Margem Sul", avança o grupo AFA em comunicado.
O grupo madeirense AFA iniciou, em 1999, a aquisição naquela zona de vários imóveis, parcelas de terrenos e edifícios em ruínas a mais de 20 proprietários diferentes.
Segundo adianta, "foram tempos especialmente desafiantes", que obrigaram a negociações "não só com empresas proprietárias, mas sobretudo com proprietários particulares, nomeadamente famílias e respetivos herdeiros".
Este esforço "revelou-se uma grande mais-valia", pois a autarquia tinha, até então, consideráveis dificuldades em desenvolver a zona do Ginjal por falta de entendimento com o elevado número de proprietários envolvidos.
Agora, diz o grupo AFA, e depois de um trabalho de vários anos em parceria com a autarquia de Almada, o Ginjal "inicia uma nova fase".