A antiga Pedreira do Alvito vai tornar-se num dos maiores projetos imobiliários de Lisboa. O grupo chinês EMGI vai investir 300 milhões de euros nestes terrenos, que pertenciam ao BCP. Junto ao parque florestal de Monsanto e ao estádio do Atlético Clube de Portugal, este projeto imobiliário vai ter uma área de construção de 120 mil metros quadrados e prevê a construção de cerca de 550 apartamentos, escritórios e ainda espaços de retalho, segundo nota de imprensa divulgada esta terça-feira.
"Estamos a falar de um projeto estruturante para a regeneração do Vale de Alcântara, com capacidade para trazer mais de 1000 novos residentes para a zona ocidental da capital, além de uma população flutuante muito expressiva", destaca Gonçalo Santos, responsável de desenvolvimento da JLL, a empresa intermediária desta operação.
Dos cerca de 550 apartamentos que serão construídos, 25% serão destinados ao programa de renda acessível; os restantes serão colocados no mercado de venda livre e direcionados, "sobretudo, aos compradores nacionais".
O projeto imobiliário contempla 87 000 metros quadrados de habitação, 22 000 metros quadrados de escritórios e 11 000 metros quadrados de retalho, complementados por 900 lugares de estacionamento. Haverá ainda espaços verdes, uma escola, um lar de terceira idade e novos acessos ao Bairro de Alcântara.
A Encosta da Tapada é a principal área de intervenção do Plano de Pormenor da Pedreira do Alvito, que cobre 21 hectares na freguesia de Alcântara e que foi aprovado pela Assembleia Municipal de Lisboa de 15 de dezembro de 2015, segundo a informação disponibilizada pelo município liderado por Fernando Medina.
Desde que a Pedreira do Alvito foi encerrada, no século XX, os terrenos têm sido ocupados de forma ilegal e encontram-se degradados. Por essa razão, os 300 milhões de euros de investimento do grupo EMGI incluem o "valor da compra do terreno, infraestruturação, projetos de arquitetura e de outras especialidades, trabalhos de construção, bem como todos os outros custos inerentes ao processo de promoção".
O grupo imobiliário chinês EMGI tem apostado sobretudo em projetos de reabilitação residencial em Lisboa, com seis projetos. São eles o condomínio de luxo República 55, o República 37, Palmela 21, Square 53 e Rodrigo da Fonseca 40.